“A resposta que ainda precisa ser dita é como a Languiru chegou a este ponto”, afirma Paulo Birck

O parecer da auditoria deve ser divulgado em assembleia aberta à imprensa na segunda quinzena de junho


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Paulo Birck (Foto: Fernanda Kochhann)

No dia 29 de abril completará um ano que Paulo Birck está à frente da Languiru. Com a renúncia de Dirceu Bayer, Birck assumiu a cooperativa com um Conselho Administrativo e, depois, como liquidante.

Em entrevista ao Acorda Rio Grande desta quinta-feira (4), Birck comentou que ao fazer uma analogia com a saúde, poderia se afirmar que “a Languiru é um paciente na CTI, mas que já esteve pior”.

Segundo o liquidante, aos poucos a cooperativa começa a faturar novamente e melhorar a saúde financeira da empresa, incluindo a retomada da produção de iogurtes e leite UHT, além da nata e do doce de leite. “Estamos trabalhando com o dinheiro do dia a dia”, ressaltou Birck.

A dívida atual da Languiru gira em torno de R$ 1 bilhão. De acordo com Birck, a cooperativa chegou a ter mais de 3.500 credoras e 239 impugnações ou divergências de valores. A ideia é que até junho seja lançada a lista atualizada de credores e o plano de pagamento. Atualmente, as rescisões e os tributos estão em dia.

Em busca de respostas

Apesar disso, Birck salienta que “a resposta que ainda precisa ser dita é como a Languiru chegou a este ponto?”.

O processo não é simples. Analisar os últimos cinco anos leva tempo e a auditora trabalha desde setembro. O parecer deve ser divulgado em assembleia, aberta à imprensa, na segunda quinzena de junho.

O assessor jurídico da cooperativa, Luis Otávio Daloma, informou que seguem recebendo denúncias através do e-mail [email protected], ou de forma presencial.

Birck destacou que a Languiru tinha presidente, vice-presidente, conselhos, superintendências, gerentes, ou seja, um grupo grande de pessoas responsáveis pela cooperativa. Os associados e a comunidade em geral precisam entender porque o trabalho feito ali não deu certo.

A última assembleia, realizada na terça-feira (26), teve a presença do ex-presidente Dirceu Bayer, que foi vaiado por associados. Porém, Birck destacou que a presença de Bayer e de outro ex-presidente, Hércio Krabbe, demonstrou a união da cooperativa novamente. Com todos trabalhando pelo mesmo propósito, Birck entende que a Languiru vai se reerguer.

Texto: Fernanda Kochhann
[email protected]

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