No início deste ano, 15 novos agentes de saúde foram contratados em Lajeado para atuar em bairros que até então não recebiam atendimento: São Cristóvão, Universitário, Carneiros, Florestal, Centro e Hidráulica. Com o início dos trabalhos, os profissionais esbarraram na dificuldade de acessar domicílios por conta da reação da população.
Muitas vezes os moradores não permitem a entrada dos agentes ou se recusam a atendê-los, seja por receio, insegurança, medo ou até por acreditar que fornecer as informações é irrelevante. No Troca de Ideais desta quinta-feira (25), a enfermeira da Secretaria de Saúde do município, Ernanda Mazaroba, relatou que os profissionais sempre visitam as casas com identificação e que o retorno dos cidadãos é essencial.
“É super importante que o agente tenha acesso a essas pessoas, faça o cadastro e nós tenhamos mais condições, mais dados para fazer um planejamento de saúde”, explica.
Em alguns casos, as pessoas entendem que não utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) e por isso não precisam fornecer as respostas. Sobre isso, Ernanda destaca que “de alguma forma, direta ou indiretamente, todas as pessoas usam o SUS”, usufruindo de consultas médicas, do trabalho da vigilância sanitária e da água potável fornecida.
Hoje, Lajeado conta com 70 agentes comunitários de saúde. Após a realização de um concurso público, que em breve terá mais informações divulgadas, serão disponibilizadas 23 ou 24 vagas, chegando a quase 100 profissionais.
As ações visam a educação e promoção de saúde, além da prevenção de doenças, encaminhamentos e agendamentos de consultas. “Através desse profissional muitas vezes se faz o diagnóstico de diversas situações”, afirma Ernanda. Entre os grupos com prioridade de atendimento estão diabéticos, hipertensos, idosos, gestantes e crianças na primeira infância.
Pessoas que sentem a necessidade de receber a visita dos agentes e ainda não foram atendidas podem entrar em contato com o posto de referência e fazer a solicitação. O encaminhamento será feito conforme a disponibilidade e a análise de prioridades da população.
Texto: Eduarda Lima
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