Agentes de saúde de Lajeado enfrentam dificuldades para acessar casas em seis bairros da cidade

Município conta com 70 profissionais atuando na área, número que deve chegar perto de 100 após a realização de um concurso público


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Ernanda Mezaroba (Foto: Eduarda Lima)

No início deste ano, 15 novos agentes de saúde foram contratados em Lajeado para atuar em bairros que até então não recebiam atendimento: São Cristóvão, Universitário, Carneiros, Florestal, Centro e Hidráulica. Com o início dos trabalhos, os profissionais esbarraram na dificuldade de acessar domicílios por conta da reação da população.

Muitas vezes os moradores não permitem a entrada dos agentes ou se recusam a atendê-los, seja por receio, insegurança, medo ou até por acreditar que fornecer as informações é irrelevante. No Troca de Ideais desta quinta-feira (25), a enfermeira da Secretaria de Saúde do município, Ernanda Mazaroba, relatou que os profissionais sempre visitam as casas com identificação e que o retorno dos cidadãos é essencial.

“É super importante que o agente tenha acesso a essas pessoas, faça o cadastro e nós tenhamos mais condições, mais dados para fazer um planejamento de saúde”, explica.

Em alguns casos, as pessoas entendem que não utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) e por isso não precisam fornecer as respostas. Sobre isso, Ernanda destaca que “de alguma forma, direta ou indiretamente, todas as pessoas usam o SUS”, usufruindo de consultas médicas, do trabalho da vigilância sanitária e da água potável fornecida.

Hoje, Lajeado conta com 70 agentes comunitários de saúde. Após a realização de um concurso público, que em breve terá mais informações divulgadas, serão disponibilizadas 23 ou 24 vagas, chegando a quase 100 profissionais.

As ações visam a educação e promoção de saúde, além da prevenção de doenças, encaminhamentos e agendamentos de consultas. “Através desse profissional muitas vezes se faz o diagnóstico de diversas situações”, afirma Ernanda. Entre os grupos com prioridade de atendimento estão diabéticos, hipertensos, idosos, gestantes e crianças na primeira infância.

Pessoas que sentem a necessidade de receber a visita dos agentes e ainda não foram atendidas podem entrar em contato com o posto de referência e fazer a solicitação. O encaminhamento será feito conforme a disponibilidade e a análise de prioridades da população.

 

Texto: Eduarda Lima
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