Água das enchentes tem coliformes fecais e bactéria E. coli, aponta UFRGS


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Foto: UFRGS/Divulgação

A população afetada pelas enchentes e os socorristas que atuam nos resgates podem ter mantido contato com coliformes fecais e a bactéria E. coli. Uma análise preliminar da água das cheias foi feita pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) entre 5 e 10 de maio em Porto Alegre, Eldorado do Sul e Guaíba, cidades atingidas pelo desastre que matou 161 pessoas no Rio Grande do Sul.

Os cientistas do Núcleo de Estudos em Saneamento Ambiental, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), coletaram 80 amostras de água enquanto as equipes auxiliavam nos resgates. Para uma praia ser considerada própria para banho, por exemplo, ela não pode ter mais de 2 mil bactérias Escherichia coli por 100 milímetros. Nas águas das enchentes, os pesquisadores encontraram concentrações de micro-organismos prejudiciais à saúde superiores a este valor. “Balneabilidade seria: ‘não pode encostar na água’, certo? Então, grande parte das nossas análises demonstram valores muitíssimo acima dos 2 mil”, explica Salatiel Wohlmuth da Silva, coordenador do laboratório.

Segundo o cientista, isso pode ser um indicativo da presença de várias doenças relacionadas a animais de sangue quente (aves e mamíferos). O estudo ainda vai analisar se as amostras são tóxicas, verificando os sedimentos, o pH (para verificar a acidez ou basicidade da água), cor, turbidez, entre outros itens.

Fonte: G1

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