Ainda não há previsão para famílias evacuadas em Cruzeiro do Sul retornarem para casa

O geólogo Gabriel Schwarzer afirma que é cedo para dizer como a movimentação de massa se comporta na região central da cidade


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Rachaduras em parte da área central de Cruzeiro do Sul (Foto: Carolina Leipnitz)

Ainda não há previsão para as 65 famílias evacuadas da área central de Cruzeiro do Sul retornarem para suas casas. Geólogos trabalham para analisar de forma aprofundada as condições do solo, com o objetivo de observar a influência da água superficial nas fissuras.

“Tem movimentos de massa que acontecem depois da chuva cessar, a gente quer entender o quanto a água influencia naquele movimento, se a taxa de deslocamento está aumentando ou não”, explica Gabriel Schwarzer, geólogo da empresa Magma Geologia e Ambiente.

De acordo com ele, ainda é cedo para dizer como a movimentação de massa se comporta na região. São necessários três dias de tempo seco para que uma nova avaliação seja feita. A partir disso, será possível realizar tentativas de drenagem do solo e só depois gerar um parecer sobre a volta das pessoas para as residências.

Segundo relatos de moradores, em algumas casas as fissuras estão presentes há cerca de 50 anos. Porém, o que preocupa as autoridades é o surgimento de novas trincas, que podem ou não ter aumentado de tamanho.

Uma das possibilidades é o movimento de rastejo, caracterizado por ser mais lento e apresentar menores chances de deslizamentos. Porém, a confirmação dessa hipótese depende de estudos mais aprofundados. “Se for é muito mais fácil de conseguir tentar estabilizar essa encosta e menos custoso”, cita Schwarzer

Conforme o prefeito de Cruzeiro do Sul, João Dullius, a Casa do Morro não estaria na área de risco. Ele relata que uma linha foi traçada para definir os pontos mais críticos, porém “não quer dizer que não possa invadir uma imediação”.

Ainda de acordo com Dullius, há um certo temor na cidade, mas a administração municipal tem realizado todas as ações possíveis para enfrentar o problema.

Texto: Eduarda Lima
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