O nível do Rio Taquari atingiu o pico (14,70 m) na noite desta terça-feira (30) em Santa Tereza às 19h30 (30). Desde então, tem baixado lentamente. Às 0h30 estava em 13,60 m.
Foram 242 milímetros de chuva em 24 horas. “Foi muita chuva, mas foi bom que nas cabeceiras do Rio Taquari choveu ‘pouco’. O que nos preocupa é nos próximos dias, que está prevista uma quantidade maior nas cabeceiras”, relatou Jader Becker, coordenador da Defesa Civil de Santa Tereza no começo da madrugada desta quarta-feira (1º) à Rádio Independente.
“A tendência é que durante a quarta-feira dê pancadas de chuvas, mas sem elevar muito o rio, mas quinta e sexta-feira pode ultrapassar os 200 milímetros nas cabeceiras, o que nos preocupa muito”, conta.
De acordo com ele, a terça-feira foi um dia muito difícil. “Tivemos essa enxurrada pela manhã e pela tarde também. Bastante trabalho, bastante danos no interior. Nas estradas, muita queda de barreiras”, detalha. “Estamos ilhados, a cidade. A ERS-444 está bloqueada por deslizamentos de terra, e sem previsão de liberação”, diz.
Nesta quarta, a Defesa Civil fará um esforço para liberar uma estrada vicinal do interior que ficou submersa. “Não sabemos se foi levada, ou se está ‘apenas’ submersa. Se essa não tiver sido levada, veículos leves podem passar ali”, explica.
A ponte que dá acesso à Linha Júlio e liga Santa Tereza a São Valentim do Sul foi destruída pela força das águas, bem no momento em que a prefeita Gisele Caumo gravava um material informativo para a comunidade.
Sem os acessos, os caminhões acionados pela prefeitura para a remoção de bens das famílias não conseguiram chegar à cidade, que não ficou inundada como na enchente de setembro de 2023. Naquele evento climático, o pico foi 25 metros medidos na Linha José Júlio.
