“Aqui o interior só 4×4 pra acessar algumas comunidades”, lamenta prefeito de Roca Sales

Amilton Fontana relata ainda planejamento para alterar área comercial do centro e projetos para construção de casas populares


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Prefeito Amilton Fontana (Foto: Arquivo/Joice Freisleben)

Roca Sales trabalha em várias frentes para reconstruir a cidade e o interior do município, devastados pela enchente do início de maio. A prioridade é a recuperação de acessos às comunidades do interior, onde apenas camionetes com tração conseguem trafegar nesse momento. A intenção é restabelecer as estradas até o fim de junho. Em paralelo, a realocação de toda a área central e a construção de casas que foram destruídas também estão em pauta.


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O prefeito, Amilton Fontana, concedeu entrevista ao programa Panorama desta quinta-feira (6) e explicou que os deslizamentos de terras causaram muitos estragos nas estradas do interior. Muitos locais ainda estão sem acesso e sem energia elétrica. “Quando a gente fala que é bastante, só quem está aqui pra ver a dificuldade que a gente tem pra acessar, dos equipamentos conseguirem trabalhar”, lamentou. “Aqui o interior só 4×4 pra acessar algumas comunidades”, relatou o prefeito. Duas equipes estão trabalhando para viabilizar os caminhos provisórios e até o fim do mês a expectativa é que todas as comunidades tenham ligação.

Em paralelo, há um debate sobre a transferência de todo o comércio da área central, que está situado em cerca de 50 hectares. Arquitetos e engenheiros começaram a fazer um planejamento, inclusive com ideias de pessoas da serra gaúcha que querem auxiliar o município. Nos próximos dias será constituída uma associação e apresentado um projeto de realocação para um ponto seguro e livre de enchente. A área, com cerca de 70 hectares já foi definida e fica junto à ferrovia, próximo à rota que segue em direção a Coronel Pilar e Garibaldi.

Outra frente de trabalho busca agilizar a construção das moradias destinadas às famílias que tiveram suas casas totalmente destruídas. Um levantamento preliminar aponta a necessidade de 400 habitações. O Estado ficará responsável por 35 unidades e o município paulista de Sorocaba irá construir outras 60 residências. Como essas construções não possuem critérios de seleção, serão encaminhadas às famílias que possuem renda total acima de quatro salários e meio. As demais se enquadram em programas sociais do Governo Federal e serão destinadas às pessoas que podem receber essas casas através dos critérios estabelecidos.

Texto: Gilson Lussani
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