Cerca de 100 lojistas de Lajeado foram acometidos pela enchente do início de maio

Pesquisa da CDL apontou que mais da metade dos afetados perderam estoque e quase 20% tiveram estruturas físicas comprometidas


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Nilton Colombo e Giselda Hahn (Foto: Gilson Lussani)

Pelo menos 100 lojistas de Lajeado, associados à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), foram afetados pela enchente do início de maio. A entidade enviou um questionário a esses empreendedores, para avaliar os prejuízos causados pela cheia nos estabelecimentos. Dos 30 levantamentos respondidos, mais da metade apontou perdas de estoque e um a cada cinco tiveram a estrutura física comprometida. Destes, 40% não retornarão para o mesmo local.

A presidente da CDL Lajeado, Giselda Hahn, e o vice-presidente de comércio da entidade, Nilton Colombo, concederam entrevista ao programa Panorama desta segunda-feira (20) e relataram que o prejuízo destes lojistas varia de R$ 100 mil a R$ 1 milhão. Giselda Hahn explicou que dos 30 questionários respondidos, 56% apontava perda de estoque e 18% comprometimento da estrutura físcias. Destes, 60% dos empreendedores relataram que ficarão no mesmo lugar, mas outros 40% disseram que não permanecerão no local atingido pela enchente.

Giselda Hahn (Foto: Gilson Lussani)

Algumas iniciativas já foram tomadas no sentido de auxiliar os empreendedores. Entre elas, a disponibilidade de escritórios de assessoria contábil e jurídica para que sejam esclarecidas situações envolvendo as partes fiscal e trabalhista. “Então foram algumas medidas mais básicas, mais caseiras digamos assim, que buscam dar um suporte pro nosso lojista”, relatou a presidente da CDL Lajeado. Também foi cancelada a Convenção Lojista que seria no próximo mês e concedida a isenção de três mensalidades para lojistas atingidos pela cheia. Uma campanha valorizando o comércio local está em andamento, buscando que as pessoas comprem nas lojas de Lajeado.

Nilton Colombo (Foto: Gilson Lussani)

Outro enfoque é a possível evasão de mão de obra para outras regiões, em função dos colaboradores que tiveram suas residências afetadas. “Infelizmente já está acontecendo em menor medida, mas a preocupação ela é grande porque nunca houve isso no Vale do Taquari, o Vale ele sempre foi recebedor de pessoas de outras regiões, ele é um grande centro de comércio e um grande centro de indústria, um polo produtivo muito importante no estado”, considerou o vice-presidente de comércio. Nilton Colombo citou que a CDL está se emprenhando no foco local, ajudando o associado a manter o seu negócio e seus empregos, para o retorno à atividade o quanto antes.

Texto: Gilson Lussani
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