Cerca de 50 funcionários do comércio da Languiru em Teutônia e região começam a assinar rescisão nesta quinta

Mesmo em crise financeira, a cooperativa mantém fundo de garantia e vencimentos. “O salário está rigorosamente em dia”, afirma sindicalista


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Foto: Jonas de Siqueira / Arquivo

Cerca de 50 funcionários do ramo do comércio da Languiru, na área de abrangência do Sindicomerciários de Taquari, Teutônia e Região, devem começar a assinar nesta quinta-feira (6) a rescisão contratual com a cooperativa. Esse pessoal já foi desligado, mediante aviso prévio, e a assinatura ocorrerá até sexta-feira (7).

O sindicato representa 400 funcionários do comércio, com atuação em supermercados, agrocenteres, agromáquinas e farmácias da Languiru.

Ao Redação no Ar desta quarta-feira (5), o presidente do sindicato, Vitor Espinoza, explicou quais são os termos do acordo entre a empresa, sindicato e trabalhadores.

Foram feitas duas rodadas de negociações, com mediação da Justiça. Quem pediu demissão, recebe a sua rescisão à vista. Já os demitidos fecharam acordo para parcelamento, com benefícios:

  • aviso prévio indenizatório;
  • rescisão com todos os benefícios (saldo do salário, férias e 13º salário);
  • 40% de multa desligamento + um salário por causa da necessidade de receber parcelado;
  • todos esses valores, somados, podem ser pagos em até 12 vezes;
  • cada parcela deve corresponder, pelo menos, ao salário que o trabalhador recebia.

Os termos são iguais para o Sindicomerciários de Lajeado, que abrange funcionários da loja do Shopping Lajeado e do Supermercado e Agrocenter de Arroio do Meio; e para o Sindicato da Alimentação de Estrela, que engloba o frigorífico de Westfália e a unidade de leite de Teutônia. No total, entre 200 e 210 colaboradores que terão seus desligamentos orientados por essas disposições.

Já quem trabalhava na planta de suínos da Languiru em Poço das Antas é incluído em outro acordo rescisório, feito com o Sindicato da Alimentação de Montenegro.

Vitor Espinoza ressalta que “a primeira parcela é paga no ato da rescisão”. “O Fundo de Garantia está em dia por parte da Cooperativa Languiru até hoje. Não tem nenhum mês de atraso. O salário dos trabalhadores está rigorosamente em dia até a data de hoje”, afirma.

Para o presidente do Sindicomerciários, “não é o momento do sindicato fazer um cabo de guerra com a empresa, e sim tentar ajudar da melhor forma e garantir o direito dos trabalhadores”. “O problema maior da Languiru é a questão do fluxo de caixa, que a Languiru não tem dinheiro”, nota.

Texto: Tiago Silva
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