Das 1.326 pessoas que precisaram sair de suas casas e foram para abrigos por conta das enchentes em Lajeado, 736, que representam 274 famílias, permanecem em cinco diferentes locais de acolhimento da cidade. Os espaços municipais estão no Parque do Imigrante, além dos bairros Carneiros, Universitário, Conservas e São Cristóvão.
Conforme o coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Gilmar Queiroz, desta vez as pessoas devem permanecer por um tempo maior nos abrigos, em relação a outras enchentes. “Agora muitas casas foram destruídas, então nós tínhamos na situação anterior, a água que subia, baixava, limpava as casas e voltava. Essa vez vai ser um pouco diferente, então esse cenário vai demorar um pouquinho mais, mas a gente está dando todo esse suporte, todo esse apoio para as famílias que permanecem no parque, e para aquelas que queiram voltar para casa”, relata.
Queiroz destaca que neste momento é impossível prever o tempo que as famílias precisarão permanecerem nos abrigos. “Nós estamos com alguns projetos para construções de casas, algumas já foram aprovadas inclusive, estamos aguardando disponibilidade orçamentária para que realmente saia do papel. Então, às vezes é um pouquinho burocrático essa parte, mas ela está em andamento, a gente está trabalhando, a gente também já buscou recursos junto ao Governo Federal com relação à limpeza urbana, com relação à ajuda humanitária, então a gente está trabalhando bastante em cima disso”, ressalta.
Doações de kits de higiene e limpeza
No momento, conforme o coordenador, o foco é para doação de materiais de higiene e limpeza. “Estamos com dificuldade de kits de higiene e limpeza, se as pessoas puderem colaborar, podem levar no Recrie ou no Porto Novo, esses pontos auxiliam e distribuem para a comunidade”.
Sobre a limpeza da cidade, Lajeado já retirou das ruas 60 mil toneladas de entulhos e lama após enchentes deste mês de maio. Isso representa 4 mil cargas de caminhão, recolhidas até este sábado (18). O trabalho se mantém, ocorrendo em todos dias da semana, e o material é levado para a área já desativada da saibreira do município, na divisa com o município de Cruzeiro do Sul.
Texto: Gabriela Hautrive
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