Conjunto de fenômenos climáticos dificulta prever qual nível será atingido pelo Rio Taquari, diz especialista

Segundo Franco Buffon, Gerente de Hidrologia do CPRM, a imprecisão da meteorologia é provocada por uma frente fria oscilante


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Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – Serviço Geológico do Brasil, Franco Turco Buffon (Foto: Caroline Silva / Arquivo)

O Gerente de Hidrologia do CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), Franco Buffon, diz que se as chuvas seguirem as precipitações previstas, a nova cheia do Rio Taquari não deve alcançar o nível da última semana. Ao mesmo tempo, considera que é incorreto descartar completamente que o rio volte aos 33 metros, já que as condições climáticas impossibilitam uma previsão exata.

A dificuldade é causada por um centro de alta pressão no meio do Brasil, que empurra a umidade da Amazônia e do oceano para o sul, gerando uma frente fria oscilante. “São muitos fenômenos turbulentos de evapotranspiração, de chuva, de vento. Por isso que a meteorologia não consegue ser tão precisa”, esclarece Buffon.

Considerando o curso do Rio Taquari e as precipitações das últimas horas, a maior cota em cidades como Muçum, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio e Lajeado deve ser alcançada entre a madrugada e manhã desta segunda-feira (13).

“A gente tem que jogar pra cima pra dar segurança, 29 metros acho razoável. Acho que vai acontecer perto dos 28 metros, talvez passe”, aponta Buffon.

Além da nova enchente que atinge o Vale, a região precisa ter ainda mais atenção aos deslizamentos, em virtude do solo encharcado que desestabiliza as estruturas do solo e das encostas.

De acordo com Buffon, os moradores devem se afastar das margens do rio, mas evitando áreas onde possam ocorrer desmoronamentos. Além disso, a indicação é permanecer em casa, sem circular nas rodovias.

 

Texto: Eduarda Lima
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