O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS), que atua em todo estado, encaminhou ao Ministério da Educação (MEC) uma petição contendo 21 mil assinaturas contra a aplicação total do curso na modalidade de Ensino à Distância (EAD). A carta foi protocolada pelo presidente da entidade, Rodrigo Lorenzoni, e entregue ao ministro Mendonça Filho e aos deputados federais.

A discussão teve início quando uma universidade de Santa Catarina abriu uma turma de Veterinária totalmente EAD, com 500 vagas. Hoje é possível que o curso seja ministrado à distância. Porém, o conselho pede que sejam aplicadas limitações à carga horária. “Não somos contrários ao ensino à distância, mas acreditamos que entre 10% e 20% seja um limite adequado para essa modalidade”, explica Lorenzoni.
Para oferecer esses cursos, as universidades precisam ser aprovadas pelo MEC. Uma portaria do governo federal proibe essa prática apenas em Medicina, Odontologia e Psicologia. O conselho solicita que a veterinária seja incluída nesse grupo. “Queremos rever essa medida provisória. Se não tivermos sucesso com a União, iremos contar com o apoio dos deputados que são veterinários”, salienta.

O presidente se diz preocupado com a possibilidade de o curso ser aplicado em EAD. “A formação da veterinária está alicerçada na prática e na teoria. O EAD tira a prática da formação do aluno. Um profissional que se forme à distância não terá as habilidades adequadas para prestar um bom serviço aos humanos e aos animais”, relata. Depois da petição, a universidade catarinense decidiu cancelar a turma.

Operações

Quatro processos que tramitam no conselho apuram a conduta de veterinários supostamente envolvidos na Operação Leite Compen$ado. Um dos casos já foi encerrado, e cassou a licença de Daniel Riet Villanova. “Ficou comprovado que ele era responsável pela adulteração do leite. O plenário do conselho tomou essa decisão, que já foi reconhecida pelo conselho federal”, afirma.

Veterinária na região

A Univates não tem curso de medicina veterinária. Os estudantes precisam se deslocar para outras cidades do estado. A ausência de um curso não incomoda Lorenzoni. “São 18 escolas de veterinária no estado. Eu não tenho preocupação com a abertura do curso, mas com sua qualidade. Sou favorável se a Univates tiver condições de oferecer um corpo docente de qualidade, estrutura e hospital veterinário”, afirma. A região tem cerca de 300 agroindústrias. NR

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