A Corsan espera assinar os contratos com as prefeituras do Vale do Taquari para serviços de água e esgoto nas próximas semanas. A companhia está tratando com cada município na sua área de atuação. Nas 317 cidades que atende no RS, pelo menos 210 já fecharam a repactuação. Na região, é o caso de Bom Retiro do Sul e Taquari. Outras como Lajeado e Estrela ainda estão em tratativas. A revisão e o ajuste dos termos é necessário em função do novo Marco do Saneamento Básico, para comportar as novas metas, e pela mudança de natureza da Corsan, que foi privatizada pelo Governo do Estado e passou à propriedade da Aegea Saneamento.
Conforme o diretor-executivo de Operações, Rodrigo Lacerda, a expectativa é de que o contrato seja até 2062. A Corsan estima um investimento de aproximadamente R$ 600 milhões para executar obras e alcançar a universalização do saneamento em cidades como Lajeado, Encantado, Arroio do Meio, Estrela e Taquari.
Após assinado, a empresa deve concluir o projeto executivo de engenharia e o licenciamento para os trabalhos ainda neste ano, e começar as obras em 2025 “Estamos tratando com cada prefeito. Acho que as negociações estão avançando bem, estamos ouvindo bastante o Poder Executivo, quais são as principais demandas dos município”, destaca. “As discussões são legitimas e necessárias, faz parte do processo de evolução e entendimento do que vai ser o serviço de saneamento básico”, reforça.
“Não é uma questão de demora, faz parte do processo”, destaca. “São investimentos de grande monta, que requerem um cuidado, um entendimento da população do que vai ser feito”, entende. “A nossa expectativa é assinar o quanto antes para realizar os investimentos necessários”, assegura ele, para quem as negociações têm sido positivas porque “está claro e entendido por todos o desafio de cumprir as metas”.
Como pano de fundo do debate, está o desafio que as cidades têm de universalizar o tratamento de água e esgoto na próxima década. O novo marco do saneamento estabeleceu como metas 90% de coleta e tratamento de esgoto e 99% de água potável até 2033. Em relação à água, a meta já é realidade no estado. Porém, o tratamento de esgoto está longe: fica em torno de 30%, apenas.
No Vale do Taquari, esses números são ainda mais baixos. Em Lajeado e Estrela, por exemplo, entre 1% e 2% das propriedades contam com ligação a uma estação de tratamento. Uma das dificuldades que a região enfrenta é a grande presença de rochas em sua geografia, o que torna o trabalho mais complexo. Para vencer o desafio logístico, a companhia tem como estratégia fazer investimentos em blocos e regiões para avançar de forma mais célere.
Segundo o executivo de operações da Corsan, a companhia vai precisar algo em torno de R$ 15 bilhões para atingir os objetivos da legislação federal no RS. Isso corresponde a construção de 150 quilômetros de rede todos os meses. “É bastante obra, bastante trabalho a fazer”, reconhece Rodrigo Lacerda.
“Saneamento básico é um desafio e um serviço primordial à população”, defende o dirigente da Corsan. Saneamento é mais saúde pública, investimento em infraestrutura urbana, valorização imobiliária e um incentivo ao crescimento econômico.
De acordo com ele, o primeiro passo da companhia, sob administração da Aegea, é qualificar o abastecimento de água com “investimentos importantes para a continuidade e regularidade, com um sistema mais robusto”. Por isso a empresa tem em seu plano de ação a aquisição e utilização de geradores para manter o abastecimento de água potável, mesmo em períodos de falta da energia elétrica.
Texto: Tiago Silva
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Chimarrão ruim, água ruim, preço elevado, exploração do povo, qualidade ruim, cloro em excesso. Já vi esta história antes, sou natural de uma cidade onde a CORSAN, já explora as pessoas a tempo.
Vão investir 600 milhões em saneamento e com certeza lucrar bilhões ao longo dos anos.
Empresa privada 🚽, só um objetivo, lucrar muito .
Adivinha quem vai pagar e gerar muito lucro para a Aegea!!!
Os consumidores, como sempre.