Crise da Languiru e enchentes impactaram criação de postos de trabalho no Vale do Taquari

Economista analisa 2023 com fechamento de 259 vagas na região


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Cíntia Agostini (Foto: Gilson Lussani)

Dados divulgados na semana passada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou que o Vale do Taquari teve um desempenho negativo em 2023. No resultado final do ano, foram fechadas 259 vagas de trabalho. A economista Cíntia Agostini abordou o assunto no quadro Direto ao Ponto desta terça-feira (6). A crise da Cooperativa Languiru e os eventos catastróficos de setembro e novembro impactaram no resultado.

A economista lembrou que alguns dos municípios que mais tiverem deficit foram Teutônia, Poço das Antas e Westfália. Todos com atividades diretamente ligadas à Cooperativa Languiru. Muitos postos de trabalho foram fechados. Em paralelo, a catástrofe de setembro, que devastou cidades como Roca Sales e Muçum, e a enchente de novembro, também tiveram influência negativa.

Mesmo assim, Cíntia Agostini acredita que nos próximos meses os números voltem a crescer. Ela citou que a diversidade de segmentos produtivos do Vale do Taquari favorecem a retomada do crescimento de vagas de emprego. “A gente sabe que as empresas estão procurando pessoas. Mesmo que às vezes não haja compatibilidade, eu imagino que rapidamente a gente consiga recolocar essas pessoas”, considerou a economista.

Cíntia Agostini ainda demostrou preocupação com o número elevado de pessoas que trabalham na informalidade no país. Cerca de 40%, ou 34 milhões de trabalhadores, não possuem carteira assinada. Desta forma, tem renda para sustentar suas famílias, mas não possuem outros benefícios, como 13º salário e férias, além de não contribuir com a seguridade social. Estas pessoas poderão ter dificuldades quando não tiverem mais condição de trabalho, pois não contarão com uma aposentadoria. GL

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