Da lista de compras à conscientização financeira: as dicas para equilibrar as contas no fim do mês

Educadora financeira explicou que o ideal é guardar cerca de 10% do orçamento para situações de emergência


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Elisabete Penz Beuren (Foto: Gilson Lussani)

Em março de 2024, 78,1% das famílias brasileiras afirmaram ter dívidas a vencer, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) é realizada mensalmente e traz o panorama econômico das famílias do país. A educadora e assessora pedagógica em educação financeira em escolas e empresas, autora do podcast “Aprendendo sobre dinheiro com a Profe Betinha”, Elisabete Penz Beuren, concedeu entrevista ao programa Panorama desta terça-feira (9) e deu dicas de como evitar o endividamento e equilibrar as contas no fim do mês.

A grande receita é não gastar mais do que se recebe. Mas como tornar isso viável? “Cada família é um contexto e cada pessoa é uma singularidade”, considerou a educadora. Ela indicou que o principal é ter uma visão dos valores mensais recebidos e devidos. Anotar as entradas e saídas em planilhas, cadernos ou até aplicativos auxiliam a dimensionar esse montante. A partir disso, é necessário definir por incrementar a renda ou reduzir os gastos não essenciais.

As despesas do dia a dia, como água, luz, telefone, combustível e estudos dos filhos, por exemplo, precisam ser honradas. Sabendo a data de vencimento de cada uma das contas, evita-se o atraso e o pagamento de juros. A partir daí, o mercado é um dos pontos que pode ser trabalhado pelas famílias. Fazer uma lista de compras, reduzir as idas ao comércio, ter a consciência daquilo que realmente está faltando, substituir um produto quando este apresenta valor elevado e aproveitar ofertas de determinados itens auxiliam na economia. Estas iniciativas podem gerar a diminuição do gasto mensal com mercado.

Elisabete Penz Beuren afirmou que os valores economizados podem ser direcionados a uma reserva para situações de emergência. O ideal seria destinar cerca de 10% do orçamento para essa finalidade. No entanto, a conscientização para não realizar compras desnecessárias é fundamental. “A gente é bombardeado diariamente por muitos impulsos, sejam por parte dos amigos, sejam por parte das redes sociais, e o nosso comportamento, digamos olhando pelo viés da psicologia econômica, somos imediatistas”, finalizou.

Texto: Gilson Lussani
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