Deputados gaúchos buscam derrubar decretos que cortam incentivos fiscais; preços dos alimentos devem subir dia 1º de abril

Segundo estimativas, o preço de uma série de alimentos vai aumentar, em média, 3,5% no Rio Grande do Sul


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Foto: Reprodução

A Assembleia aprovou nesta terça-feira (26) recurso pela derrubada dos decretos do Governo do Estado que cortam incentivos fiscais para 64 setores da economia gaúcha.

A votação, que resultou em empate de 23 a 23, foi decidida em voto de minerva do vice-presidente da Casa, Paparico Bacchi (PL), que comandava a sessão.

A decisão foi comemorada por deputados da oposição e por representantes de sindicatos e federações empresariais.

Apesar da decisão, os decretos assinados pelo governador Eduardo Leite em dezembro do ano passado permanecem válidos e entram em vigor a partir da próxima segunda-feira, 1º de abril.

O recurso aprovado pelo plenário faz com que o debate retorne à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que irá notificar o governador para responder à Casa em 10 dias. Com isso, a comissão deverá elaborar novo parecer a ser julgado.

É a primeira derrota de Leite no plenário da Assembleia desde janeiro de 2019. Em outros casos, quando sentiu que perderia, o governo retirou projetos polêmicos.

O procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, disse que, se os decretos forem derrubados pela Assembleia, o governo recorrerá ao Judiciário.

Segundo estimativas, o preço de uma série de alimentos vai aumentar, em média, 3,5% no Rio Grande do Sul a partir do próximo dia 1º.

Entre os alimentos que serão mais impactos estão o pão francês, o tomate e os ovos de galinha, com previsão de alta de 13,64%.

Entre carnes bovinas e de aves, a alta prevista é de 5,68%. O arroz branco e a erva-mate, por sua vez, devem ter elevação de 4,55%.

A redução de benefícios fiscais para setores da economia foi o plano B do governo gaúcho devido ao insucesso do Piratini em aprovar a majoração da alíquota modal do ICMS no final do ano passado, de 17% para 19,5%.

O governo justifica a necessidade de aumento de arrecadação em duas frentes. Uma delas é a compensação das perdas de arrecadação que resultaram da redução das alíquotas de ICMS em combustíveis, energia e telecomunicações feitas pela União, em 2022, no governo Bolsonaro. A outra é a necessidade de aumentar a arrecadação a fim de garantir uma média maior de repasse ao Estado quando vigorar o imposto que substituirá o ICMS, em 2033, por conta da reforma tributária.

As revisões que entram em vigor em abril

  • Cortes nos incentivos fiscais concedidos a 64 setores produtivos gaúchos;
  • Tributação de impostos dos produtos da cesta básica, que atualmente são isentos ou com até 7% de ICMS. Com a medida, todos os itens passarão a ter cobrança de 12%;
  • Isenção ou redução de base de cálculo do ICMS condicionada a depósito de 10% a 40% do montante do benefício em um fundo estadual.

3 Comentários

  1. Leite!
    Sua afirmação era “dinheiro tem” a questão é gestão. Lembra disso candidato Eduardo Leite?

  2. Queria o nome dos 23 trairas do povo pra deuxar desempregados próxima eleição pra ver se vao gostar de pagar mais.. VERGONHA ESSA VOTACAO DEVIA SER 47×0 povo.. Bando traira.. quero nomes..

  3. Queria o nome dos 23 sem vergonha que enganaramdo povo pra deixar desempregados próxima eleição pra ver se vao gostar de pagar mais.. VERGONHA ESSA VOTACAO DEVIA SER 47×0 povo.. Bando traira.. quero nomes..

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