Diante de escolhas importantes para a vida, precisamos avaliar o que buscamos de fato

Mudar de ambiente pode ser revigorante, mas é importante lembrar que a felicidade também depende do nosso mundo interno


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Foto: Ilustrativa/Reprodução Freepik
“Você precisa de uma mudança de ares!”. Quantas vezes já ouvimos esse tipo de conselho. E muitas vezes ele funciona mesmo. Mudar de ambiente, de companhia e de ares pode ser revigorante, quando não determinante para a nossa qualidade de vida. Por outro lado, às vezes a gente se engana achando que o problema está somente do lado de fora quando parte dele reside no nosso mundo interno. E daí você pode mudar até de país que não vai adiantar.
Uma amiga me contou que havia trocado de academia recentemente. Frequentou uma durante um tempo, parou alguns meses, e agora, ao decidir retomar os treinos, estava convicta de que não havia persistido por causa do local. Ela resolveu testar uma academia nova, pertinho da sua casa. Bastou duas idas para que sua certeza caísse por terra. E não que ela tivesse sido mal recebida, ou algo do tipo. Pelo contrário, teve toda atenção necessária, mas bastou essa curta experiência para que a balança pendesse para o lado da antiga academia. Então ela retornou, se sentindo muito melhor e com a impressão do local bastante diferente. Perguntei se algo havia mudado de fato por lá, poderia ter sido reformada, mudado de dono, de professores. Que nada! Estava exatamente igual. O que não estava igual era ela, que na outra ocasião, não queria de fato estar ali.
Quando estamos em dúvida, nem sempre é possível “tirar a prova real”, ou seja, testar na realidade as diferentes opções. Então, a gente usa o recurso da imaginação. Mas o problema é que ele costuma vir carregado de idealização. Por isso, diante de escolhas importantes para nossa vida, antes de trocar o certo pelo duvidoso, convém uma avaliação mais aprofundada na tentativa de entender o que se busca de fato naquilo que se busca. Porque de academia é possível trocar sem grande prejuízo, já de emprego, de casa, de estado civil, de cidade, é um pouco mais delicado, ainda que possível.
Por Tamara Bischoff

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