Dirceu Bayer aponta manifestações contrárias, novo liquidante e liminar como responsáveis pelo fracasso das negociações entre chineses e Languiru

Ex-presidente se pronuncia após um ano, afirma que projeto de reestruturação a partir de parcerias era "muito viável" na época e alega responsabilidade do atual liquidante


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Ex-presidente da Languiru, Dirceu Bayer (Foto: Fernanda Kochhann)

Depois de quase um ano de silêncio, o ex-presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer compareceu à assembleia da organização no dia 26 de março e nesta segunda-feira (8) concedeu entrevista exclusiva ao programa Acorda Rio Grande, da Rádio Independente.

Segundo Bayer, o declínio financeiro iniciou quando o setor apresentou grandes dificuldades, impulsionadas pela pandemia, a ameaça da gripe aviária e os conflitos armados em países da Europa e Ásia. Naquele momento, a diretoria passou a fazer contato com sete empresas para parcerias, sendo que uma organização da China foi a que esteve mais perto de concretizar negócio.

O ex-presidente entende que esse projeto de reestruturação, a partir de parcerias, era o mais viável na época e acredita que se o negócio tivesse sido fechado, a Languiru conseguiria se reerguer e as dívidas já estariam quitadas.

De acordo com Bayer, a negociação não se concretizou por conta das manifestações contrárias de um grupo de associados, no qual se inclui o atual liquidante Paulo Birck, o encaminhamento de uma liminar apontando uma investigação da Polícia Federal e por informações desencontradas divulgadas por meios de comunicação e grupos de WhatsApp.

Bayer e parte de sua diretoria acabaram renunciando aos cargos e nunca se pronunciaram para não atrapalhar o processo, mas ele salientou que “acredita na justiça de Deus”.

Apesar da necessidade de parcerias, Bayer entende que o liquidante está apenas se desfazendo dos negócios da Languiru, construídos durante muitos anos, e vendendo pela metade do preço.

Tranquilidade com a auditoria

O ex-presidente da Languiru afirmou que o atual liquidante está dando mais importância para a auditoria que foi prometida para março, depois para abril e agora foi prorrogada para junho, do que para a solução dos problemas dos produtores e associados. Além disso, ele citou que insistência em encontrar algo que não existe já configura dano moral.

Bayer nega a acusação de manipulação de balancetes e decisões em assembleias. O ex-presidente afirmou que a Languiru sempre contou com auditora da PwC do Brasil, terceira maior empresa do mundo neste seguimento, e tem tranquilidade em falar que não cometeu nenhum crime.

Uma nova oportunidade

Se tivesse a oportunidade de iniciar uma nova gestão, Bayer revelou que daria início a novas cooperativas setorizadas – uma para suínos e outra para aves, por exemplo.

Todas elas constituiriam uma central, onde as próprias cooperativas iriam aportar recursos, à exemplo do Grupo Aurora de Chapecó, que possui 36 cooperativas ligadas à organização.

Texto: Fernanda Kochhann
[email protected]

2 Comentários

  1. Mas está figurinha ainda aparece pra falar? E muita cara de pau. Quebraram uma cooperativa e ainda que explicar. Festival da mentira está esperando está turma. Kkkkkk

  2. Mas é muita cara de pau……Conseguiu quebrar uma cooperativa sólida, amealhou um patrimonio milionário, de origem duvidosa, expurgou do quadro de associados da cooperativa TODOS os de opinião contrária à dele e seus asseclas, incluindo o ex-vice presidente, e vem posar de vítima…..

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