“Diversos morros do nosso município estão comprometidos e com grande risco de desabar”, revela prefeito de Vespasiano Corrêa

Até 45 famílias possuem áreas em análise para saber se poderão permanecer ou não nas suas propriedades


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Foto: Divulgação

Uma geóloga de Minas Gerais e que trabalhou na tragédia de Brumadinho está prestando um trabalho voluntário em Vespasiano Corrêa, analisando locais com risco de deslizamentos, principalmente no interior. O prefeito, Tiago Michelon, concedeu entrevista ao programa Panorama desta terça-feira (11) e revelou que vários morros do município estão comprometidos e possuem risco de desabar depois das chuvas volumosas do mês de maio. Diversas famílias que possuem áreas em avaliação ainda não tem a certeza se poderão permanecer em suas propriedades.

Após os primeiros atendimentos para salvar vidas e tirar as pessoas de locais isolados, dando abrigo a quem perdeu suas casas, a administração municipal providenciou os levantamentos dos prejuízos. A prioridade, neste momento, é restabelecer acessos e vias para o tráfego de veículos. No entanto, uma das maiores preocupações é a segurança de quase 45 famílias que vivem em áreas suscetíveis a deslizamentos. “Diversos morros do nosso município estão comprometidos e estão com grande risco de desabar”, lamentou Michelon.

O prefeito informou que já está definido que pelo menos de oito a dez famílias precisarão de casas novas. Outras quatro ou cinco precisarão ser realocadas neste primeiro momento. Está sendo avaliada a possibilidade de aproveitamento dos locais onde as lavouras estão situadas. Existem áreas de terras com rachaduras e que futuramente poderão ter deslizamentos. Nestes pontos, taludes ou barreiras de contenção precisarão ser implantadas. Após a avaliação da geóloga, devem ser desapropriados locais seguros para realocar as famílias que não poderão ficar nas suas propriedades.

Em paralelo, Michelon explicou que há uma cobrança da concessionária EGR, em função da interdição da ERS-129, no km 88, na Serra da 28. Neste ponto, uma cratera se abriu na rodovia, impossibilitando o tráfego de veículos. Nesta segunda-feira (10), foi homologada a empresa vencedora da licitação para a recuperação do trajeto. A previsão de conclusão da obra é de dois meses.

Mesmo assim, a preocupação é com a condição do desvio que está sendo feito pela estrada municipal de Linha São Luís. São cerca de 15 km, onde há a necessidade de manutenção da via em função do tráfego de caminhões. A prefeitura tem dificuldade para conservar o trecho, já que possui outros pontos de atenção no município. “O desvio foi feito para carros leves, a EGR fez, é uma responsabilidade da EGR, mas nós estamos aí para cobrar e fazer o nosso papel de liderança, de que tenha soluções mais rápidas pra que a gente não colapse todo o sistema econômico da região através do meio de transporte”, finalizou o prefeito.

Texto: Gilson Lussani
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