Do início na reportagem esportiva ao Acorda Rio Grande: 45 anos de Rádio Independente do jornalista Paulo Rogério

Comunicador destaca trabalho de utilidade pública e exalta princípios de Lauro Mathias Müller


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Foto: Carolina Leipnitz

No dia em que completa 73 anos de história, a Rádio Independente foi até a Rua Júlio de Castilhos, no Centro de Lajeado, com os programas Panorama e Troca de Ideias. Um dos entrevistados foi o jornalista Paulo Rogério, apresentador do Acorda Rio Grande, um dos programas de referência da emissora. O comunicador relembrou a trajetória no rádio, desde o início como repórter esportivo até o jornalismo praticado na atualidade.

Natural do Bairro Santo André, em Lajeado, Paulo Rogério nasceu em uma família humilde e começou a trabalhar aos oito anos vendendo picolés. Com carteira assinada, o registro é a partir dos 12 anos de idade. Aos 18 anos sofreu um acidente de trabalho na empresa Estofados Conforto. Com queimaduras na mão direita, não teve mais a possibilidade de continuar no mesmo emprego.

Ao conversar com o diretor da Rádio Independente na época, Lauro Mathias Müller, surgiu a oportunidade de iniciar na área da comunicação. “Comecei no futebol e foi uma grande aprendizagem o futebol; repórter de campo pra improviso, pra observação”, relembrou. “Naquele tempo o repórter de campo, tu te posicionava e tu tinha que controlar os dois lados do gramado, então tu tinha que ter uma percepção bastante aguçada. E foi uma grande escola trabalhar como repórter de campo”, considerou Paulo Rogério.

Foto: Carolina Leipnitz

Posteriormente veio a oportunidade de ser apresentador. O comunicador fazia a produção do Panorama, apresentado por Lauro Müller. À medida em que o colega Nerlinho reduziu o seu programa do início da manhã e que era musical, passou a apresentar o Acorda Rio Grande. Com o enfoque jornalístico, atualmente conta também com a presença de Nicolas Horn e Renato Souza na bancada. Em paralelo, Paulo Rogério desenvolve atividades ligadas ao setor primário.

Com relação ao rádio, afirma que faz por vocação. “Eu faço rádio não é por paixão, eu faço rádio por vocação, eu faço rádio por um dever de obrigação, porque eu acho que o rádio, como a Rádio Independente faz e sempre fez, é um trabalho de utilidade pública. E eu acho que isso cada vez mais as pessoas deveriam ter em mente”, finalizou.

Relação com Lauro Müller

Paulo Rogério lembrou dos princípios de vida da família de Lauro Mathias Müller, que são até hoje balizadores para a conduta pessoal e profissional. “Tratava todo mundo igual, o Lauro não tinha propósito de buscar holofotes, de ficar aparecendo como manchete”, recordou. Reforçou que a imparcialidade também deve estar na conduta do profissional do jornalismo, o que era um princípio do ex-diretor-presidente da Rádio Independente.

Texto: Gilson Lussani
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