Com a liberação de 4,5 quilômetros nesta terça (20), a obra de duplicação da BR-386 entre Marques de Souza e Lajeado está 91% concluída. Já a construção de uma terceira pista entre Lajeado e Estrela está 65% realizada. Com isso, a previsão da CCR ViaSul é finalizar a duplicação no segundo semestre, e entregar a terceira pista entre julho e agosto.
O contrato é regulado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e como o cronograma está atrasado devido a problemas com a terceirizada e por eventos climáticos como enchentes, há o risco de a concessionária sofrer penalizações, como depreciação tarifária. Porém, ainda não há definições quanto a isso, diz o coordenador de engenharia da CCR ViaSul, Fábio Hirsch.
De acordo com ele, “a liberação paulatina traz benefícios importantes para a segurança do trecho, para a fluidez na rodovia e para os deslocamentos dentro de Lajeado”. O engenheiro diz que a concessionária avalia a liberação de novos trechos antes mesmo da conclusão dos 20 km de duplicação entre Marques de Souza e Lajeado. Até agora, lembra, foram feitas obras gerais como interseções, passarelas, pontes, alargamentos e vias marginais.
“A nossa próxima liberação deve vir da ERS-130 até o Distrito Industrial de Lajeado, segmentando esse trecho da PRF, onde a gente não tem autorização atualmente para conseguir fazer os nossos trabalhos. A primeira liberação que a gente imagina fazer é a liberação do viaduto próximo a balas Florestal, que é o acesso do Montanha para o Olarias, um gargalo municipal”, reconhece.
Além da duplicação, Hirsch diz que estão sendo construídos 13 quilômetros de vias marginais, dos quais 8 km já estão prontos e 3,5 km em utilização pelos motoristas.
“Tivemos alguns percalços, já noticiados, da contratada da obra. A gente está continuamente avaliando o nosso cronograma de obras”, destaca o coordenador da CCR ViaSul. “Estamos focados em concluir a obra de duplicação no início do segundo semestre deste ano. É uma obra que, mesmo estando 91% concluída, ela ainda carece de ajustes”, reconhece.
Hirsch assegura que a empresa “estuda formas de otimizar novas liberações de trechos da duplicação e de vias marginais para entregar o quanto antes para o usuário”.
Por sua vez, o engenheiro conta que as obras da terceira pista enfrentam uma série de desafios. Ele recorda que a pista sofreu com as enchentes de setembro e novembro de 2023 e, literalmente, teve trechos significativos debaixo d’água. Isso exigiu uma série de revisões em áreas como no entorno do Arroio Boa Vista, como reforço no talude para a contenção.
Texto: Tiago Silva
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