É possível não se deixar atingir pelo ambiente?

Quais os perfis das pessoas que mais interagem com você?


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Foto: Freepik

Quando uma laranja apodrece, costumamos tirá-la imediatamente de perto das outras para não acelerar o processo de decomposição das demais, uma vez que o mofo se espalha rapidamente. Mas com as pessoas que contaminam os ambientes, nem sempre é possível afastá-las. E então, qual a saída?

Alguns dirão “não estou nem aí”, como se fosse possível mesmo ficar alheio ao que nos rodeia. Por mais imunes que possamos nos imaginar, somos seres sociais, e portanto, permeáveis ao que vem dos outros.

Há inclusive uma teoria bem difundida por aí dizendo que somos uma média das cinco pessoas com as quais nós mais convivemos. Se assim for, vale a pena dar uma analisada.

Observe o ambiente ao seu redor. Como andam os locais que você habita? Quais os perfis das pessoas que mais interagem com você? Que sensações elas despertam?

Não existe receita pronta sobre boa convivência. Cada um deve procurar, por si, descobrir de que maneira os outros o afetam e, quando se sentir lesado, ter a coragem de questionar sua permanência ali. O psicanalista britânico John Bowlby, criador da Teoria do Apego, escreveu: ”Saúde mental é escolher viver com as pessoas que não nos tornem doentes”.

Texto por Tamara Bischoff, jornalista e psicóloga

1 comentário

  1. Quando comecei a observar que estava cercado de pessoas que acreditam que a terra é plana, que não houve ditadura no Brasil, que os africanos não foram escravizados mas sim que entravam nos navios e vinham para o Brasil por livre e espontânea vontade, que acreditam que não devemos respeitar as diferenças dos outros, que não acreditam na ciência e que o COVID foi uma farsa, decidi me afastar.

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