Edição de 2023 do Miss Universo Rio Grande do Sul tem primeira candidata mulher transgênero

Em 2023, pela primeira vez, candidatas com filhos, casadas e divorciadas são aceitas. A candidatura de mulheres trans nunca foi vetada no concurso, mas nunca uma havia participado


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Foto: Divulgação

A edição de 2023 do Miss Universo Rio Grande do Sul marca uma nova etapa no concurso de beleza mais conhecido do mundo. Pela primeira vez, são aceitas mulheres com filhos, casadas e divorciadas. Bethina Marcante, candidata de São Borja, na fronteira com a Argentina, também representa um marco no concurso: ela é a primeira mulher transgênero a se candidatar ao Miss Universo RS.

“Tem sido uma experiência bastante diferente. Eu sempre tento quebrar a barreira e me apresentar como ser humano. Nunca levantei pauta, nunca militei, e de repente todos os holofotes estão virados para mim, com uma expectativa bem grande a respeito da minha participação. Ainda estou me acostumando, confesso”, diz a candidata.

Neste ano, o Miss Universo Rio Grande do Sul ocorre em 6 de maio. A candidatura de mulheres trans nunca foi vetada no concurso, mas jamais uma havia participado.

No ano passado, Anne Jakapong Jakrajutatip, uma empresária tailandesa trans, comprou por US$ 20 milhões (cerca de R$ 107 milhões) a empresa organizadora do concurso. Ativista LGBTQIA+, ela é a primeira mulher a assumir a direção do popular concurso de beleza, que já pertenceu ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Sonho de infância

Aos 26 anos, Bethina decidiu dar um tempo na carreira de arquiteta e designer de interiores para apostar no sonho de infância. Desde 2007, quando assistiu a Natália Guimarães vencer o Miss Brasil e ficar em segundo lugar no Miss Universo, ela decidiu que também queria estar ali. Mas foi em 2018, quando o Miss Universo teve Angela Ponce, representante da Espanha, como sua primeira candidata trans, que Bethina decidiu se dedicar ao sonho.

Fonte: G1

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