“Ele era a prova viva de que a genialidade está na simplicidade”, afirma diretor Fundef sobre o Dr. Wilson Dewes

Alain Viegas integra a entidade desde 1998; mais de 42 mil pacientes já foram atendidas pela instituição fundada no início dos anos 90 pelo médico falecido nesta semana


0
Alain Viegas Detobel, e Carla Diedrich (Foto: Gilson Lussani)

Desde que iniciou as atividades em 1992, a Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio-Faciais (Fundef) atendeu mais de 42 mil pacientes. Falecido aos 84 anos na última segunda-feira (25), o idealizador e fundador da entidade, Dr. Wilson Dewes, ainda era muito atuante. O diretor técnico da Fundef, cirurgião pediátrico e voluntário, Alain Viegas Detobel, e a diretora financeira, Carla Diedrich, concederam entrevista ao programa Troca de Ideias desta quinta-feira (28) e falaram sobre o legado que o Dr. Wilson Dewes deixou.

A entidade surgiu em 1992 para atender pessoas com fissuras labiopalatais e deficiência auditiva. O objetivo inicial foi atender pacientes locais e atualmente é referenciado pelo SUS no Rio Grande do Sul. Desde o início das atividades, foram atendidas 4.200 pessoas que necessitavam de recuperação de fissura e 38 mil na questão auditiva. A Fundef é referência na área de fissura para 390 municípios do Rio Grande do Sul, com 18 mil atendimentos somente em 2023. Também para 62 municípios na área de reabilitação auditiva, com mais de 16 mil atendimentos no ano passado.

Alain Viegas Detobel (Foto: Gilson Lussani)

O fundador da entidade, Dr. Wilson Dewes, faleceu na última segunda-feira (24) e deixou um legado que é enaltecido pelo diretor Alain Viegas Detobel. “Ele deixou uma equipe estruturada e montada, que vai ter a possibilidade de seguir esse seu legado, e seguir com esse atendimento e essa estrutura da Fundef”, explicou. O médico complementa: “Ele era a prova viva de que a genialidade está na simplicidade”. Citou ainda que era muito atuante na entidade.

Carla Diedrich (Foto: Gilson Lussani)

Mãe de paciente e diretora financeira da Fundef, Carla Diedrich relatou que a instituição é um presente na vida das famílias. Ela também ressaltou o trabalho do Dr. Wilson Dewes. “Mesmo que seja póstumo, nós fizemos muitas homenagens em vida também, então ele sabe de toda a gratidão que nós sentimos pelo que ele fez, e somos agora responsáveis por seguir, dar andamento naquilo que ele tão brilhantemente fundou”, considerou.

Sua filha, Lia, nasceu com fissura bilateral e já passou por cinco cirurgias. O primeiro foi o fechamento de um dos lados do lábio. Três meses depois fez o procedimento no lado contrário. Pouco mais de um ano depois, fez uma cirurgia do palato (céu da boca) e posteriormente para reposicionamento do músculo. Carla Diedrich falou dos desafios enfrentados, principalmente quanto a alimentação e a fala, que conta inclusive com o acompanhamento de fonoaudiólogo.

Texto: Gilson Lussani
[email protected]

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Por favor, coloque o seu nome aqui