Com o objetivo de debater as demandas de reconstrução dos municípios atingidos pelas enchentes, envolvendo os do Vale do Taquari e de todo o Rio Grande do Sul, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) realizou uma reunião com os prefeitos do Estado nesta sexta-feira (7), em Lajeado. O encontro aconteceu no auditório do prédio 7 da Univates, com 400 lugares, quase todos preenchidos.
As medidas anunciadas pelos governos estadual e federal, e as ações que serão priorizadas, foram apresentadas pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Além disso, foi marcada uma mobilização de prefeitos gaúchos em Brasília no início do mês de julho.
Ziulkoski apresentou um diagnóstico da situação atual dos municípios. Conforme ele, dos 476 municípios gaúchos afetados pela tempestade deste ano, 189 enviaram informações por meio do sistema federal do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). “A situação é muito grave e os números ainda estão sendo atualizados. Para reconstrução, zero centavos foi pago, até agora. Faz um mês e meio que ocorreu o desastre. Uma coisa é a promessa, outra é quando se puxa no orçamento o que foi repassado efetivamente”.
Uma pesquisa da entidade, mencionada pelo presidente, aponta que 68% dos prefeitos não receberam recursos da União ou do Estado para ações de prevenção. Além disso, o estudo mostrou que apenas dois, em cada dez municípios se consideram preparados para enfrentar anormalidades. Mais 2,5 mil não têm estrutura de Defesa Civil. “Prevenção é zero. Tem um fundo de 1969 e circulou zero de recursos”, lamentou Ziulkoski.
“União dos prefeitos do Vale do Taquari”
Representando a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (AMVAT), o prefeito de Bom Retiro do Sul, Edmilson Busatto, pediu união dos prefeitos da região. “Para que a gente possa estar unido e conversando, nós que definimos aqui o que nós precisamos, é nós que temos que pedir, nós temos que ser fortes”.
A preocupação precisa ser com a busca de recursos que cheguem até os prefeitos, conforme Busatto. “Para que nós tenhamos atitudes e atitudes conjuntas e não da forma como, ‘vou ficar quietinho porque eu quero receber o meu’, mas sim todos juntos”, relata.
O presidente da Federação das Associações dos Municípios dos Rio Grande do Sul (Famurs), Marcelo Soares, também manifestou o desejo de unir forças com a entidade nacional em busca de soluções. Os demais gestores presentes defenderam o trabalho em conjunto e enalteceram a iniciativa em defesa aos prefeitos.
Texto: Gabriela Hautrive
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