O governo francês apresentou o seu plano de “ajuda para morrer”, uma promessa eleitoral do presidente Emmanuel Macron que permitirá o suicídio assistido sob condições estritas. “Não é um novo direito nem uma liberdade”, mas “uma resposta ética à necessidade de acompanhar os doentes”, afirmou a ministra da Saúde, Catherine Vautrin.
Dado o risco de reavivar divisões éticas e religiosas, o governo evita falar em eutanásia ou suicídio assistido e prefere descrever a proposta como um “modelo francês” de “ajuda para morrer”. No entanto, o objetivo é oferecer a certos pacientes a possibilidade de cometer suicídio e, quando não conseguirem realizar o ato fatal, ajudá-los a fazê-lo.
O projeto contempla a possibilidade de administrar uma substância letal a adultos que a solicitem, caso corram o risco de morrer a curto ou médio prazo devido a uma doença “incurável” e causadora de dores que não podem ser tratadas.
A medida, defendida por Macron em março, exclui menores e pacientes que sofrem de doenças psiquiátricas ou neurodegenerativas que afetam o julgamento da pessoa, como o Alzheimer.
Fonte: O Sul