Até o dia 22 de maio, as seguradoras gaúchas haviam registrado 23.441 avisos de sinistro, número que deve ampliar nos próximos dias, já que em alguns locais a água ainda está baixando.
O dado é da Confederação Nacional das Seguradoras e foi repassado pelo presidente do Sindicato das Seguradoras do RS (Sindsegrs), Guilherme Bini, em entrevista à Rádio Independente nesta quarta-feira (5).
De acordo com ele, no caso de condomínios, residências e empresas, “nenhuma apólice tem a cobertura de alagamento como uma cobertura padrão”. A cobertura básica é o incêndio, mas podem ser contratados serviços adicionais, que normalmente geram encarecimento nos seguros. Por outro lado, no caso de pessoas que adquiriram imóveis através de financiamento há o seguro habitacional, que obrigatoriamente cobre todos os danos às residências.
Em relação aos automóveis, a cobertura compreensiva ou o seguro total inclui prejuízos causados por fenômenos climáticos. Segundo Bini, a maioria dos veículos possuem esses contratos que cobrem acidentes, colisões, roubos, furtos e eventos da natureza.
Para carros e motos que estavam em estacionamentos durante a enchente, os direitos dos segurados permanecem os mesmos. “O que se discute é a responsabilidade do estacionamento nessas indenizações”, diz Bini, em referência aos automóveis que não possuem seguro.
A previsão do presidente do Sindsegrs é de que os hábitos de compra dos consumidores mudem nos próximos meses, com a possibilidade de maior procura em relação aos seguros totais e específicos para o caso de enchentes. Além disso, ele acredita que as seguradoras estarão mais preparadas.
“Tanto as seguradoras vão precisar se adaptar, talvez com produtos, condições diferenciadas, como o consumidor também na hora de fazer a renovação do seu seguro ou uma nova contratação buscar a contratação da cobertura adicional”, considera Bini.
Texto: Eduarda Lima
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