Entre 82 escolas estaduais situadas no Vale do Taquari, 64 retornaram às aulas após a enchente

As dificuldades das 18 instituições paralisadas se relacionam aos danos nos prédios e estradas da região


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Cássia Benini (Foto: Tiago Silva / Arquivo)

Entre as 82 escolas estaduais de ensino fundamental e médio que atendem no Vale do Taquari, 64 retornaram às aulas após a enchente. As dificuldades das 18 instituições restantes se relacionam aos danos nos prédios e estradas da região.

Problemas estruturais foram registrados em 10 escolas que estavam sendo utilizadas: Moinhos e Escola Estadual de Educação Profissional, em Estrela; Castelo Branco e Fernandes Vieira, em Lajeado; Guararapes, em Arroio do Meio; Itaipava Ramos, em Cruzeiro do Sul; Domenico Vicentini, em Encantado; General Souza Doca, em Muçum; Escola de Ensino Médio de Colinas; e Escola de Ensino Médio de Forquetinha.

Os prédios das escolas Antônio de Conto, em Encantado, e Padre Fernando, de Roca Sales, também foram atingidos, porém os espaços já não recebiam aulas em virtude da enchente de setembro.

De acordo com Cássia Benini, coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Educação, uma empresa foi contratada para vistoriar os prédios e analisar as condições de segurança. “Estamos evoluindo e estamos fazendo de tudo para que os alunos retornem o quanto antes”, afirma.

O retorno para as atividades em Roca Sales está previsto para a próxima segunda-feira (27) e em Muçum para o dia 3 de junho. Em Lajeado, o Castelinho deve voltar a utilizar salas da Univates, mas ainda é preciso viabilizar a alimentação dos alunos, que é transportada de outra cidade.

Já a escola Fernandes Vieira segue o processo de limpeza e vistoria, sem previsão de retorno. Caso a retomada se prolongue, a coordenadoria já estuda a possibilidade de criar um espaço provisório para os estudantes. “Estamos pensando se demorar muito essa obra talvez de se usar de algum artifício de um espaço alternativo, tipo uma escola de campanha, uma estrutura básica”, explica Cássia.

O calendário acadêmico também foi alterado, exigindo o cumprimento de 800 horas para o ensino fundamental e mil horas para o ensino médio, com atividades presenciais e remotas. Em casos mais graves, a secretaria estadual de Educação permitirá a conclusão do ano letivo no início de 2025.

No total, Cassia calcula que de 3.000 a 3.500 alunos foram prejudicados pela enchente, considerando somente as 18 escolas que ainda não retornaram.

Texto: Eduarda Lima
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