Estado irá auxiliar economicamente na desapropriação de áreas e na parte habitacional para moradores de locais de risco

Secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura, Majorie Kauffmann afirmou que municípios precisarão revisar planos diretores para realocar bairros afetados


0
Foto: Tiago Silva

É desejo do Estado promover a remoção de pessoas e desapropriações de áreas em zonas de risco para inundações em diversas regiões do Rio Grande do Sul, entre elas o Vale do Taquari. O objetivo é incentivar a revisão dos planos diretores e realocar as famílias em locais seguros de cada município. A informação foi repassada pela secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann, que explicou que o suporte econômico para a execução do projeto deve ser dado pelo Estado.

A secretária lembrou que o projeto está sendo trabalhado há oito meses, a partir da enchente de setembro de 2023. É consenso, inclusive dos municípios, que existem bairros que são inviáveis às margens dos rios. “A dificuldade de tudo isso é identificar essas áreas, remover aquelas estruturas que estão naquelas áreas, a partir daí desapropriar outras áreas para colocar as pessoas que estão, e também fazer o uso da área que foi removida as populações das áreas de risco”, considerou.

Com isso, esses locais continuariam sendo usufruídos pela população, mas de uma forma diferente. Como exemplo, citou os parques Professor Theobaldo Dick e Ney Santos Arruda, em Lajeado, que são áreas usadas pela comunidade e, ao mesmo tempo, tem capacidade de absorção de água.

Marjorie Kauffmann relatou que uma das prioridades é a indicação dessas áreas que devem receber novos tipos de ocupação que não a urbanização, pois elas são inúmeras na Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Com esses apontamentos, os planos diretores serão revisados.

O Estado dará o suporte financeiro para a execução da proposta através de diversas secretarias. “A ideia do Estado é indicar e ajudar na questão econômica da desapropriação, na questão da parte habitacional. Por parte da secretaria do Meio Ambiente indicar as áreas dessa remoção”, explicou.

Outras ações, como a dragagem do Rio Taquari também estão sendo consideradas, inclusive para que a hidrovia possa chegar ao Porto de Estrela. Depois da enchente de setembro do ano passado, apenas na região da serra foi executada a dragagem em pequenos trechos do Rio das Antas.

Texto: Gilson Lussani
[email protected]

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Por favor, coloque o seu nome aqui