Estrela teve oito das 21 escolas da rede municipal afetadas pela enchente; secretária defende construção de estruturas modulares

Seis escolas, incluindo a maior da cidade, não voltarão aos seus lugares originais por conta de serem áreas suscetíveis às enchentes


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Foto: Divulgação

Em Estrela, oito das 21 escolas da rede municipal de ensino foram atingidas pela enchente do começo de maio de 2024. Após um mutirão de limpeza e reorganização, uma já voltou às atividades, e outra, no Bairro Auxiliadora, deve retomar na próxima segunda-feira (3).

Conforme a secretária de Educação, Elisângela Mendes, seis escolas (cinco de Educação Infantil e uma de Ensino Fundamental) não voltarão aos seus lugares originais por conta de serem áreas suscetíveis às enchentes, incluindo a maior de Estrela, a Emef Leo Joas, no Bairro das Indústrias.

Com isso, cerca de mil alunos foram impactados com a cheia — 25% do quadro profissional foram atingidos. Sem possibilidade de utilizar as estruturas afetadas, os estudantes foram realocados para outros lugares.

 

Os cerca de 600 alunos da Leo Joas foram remanejados para a Escola Odilo Afonso Thomé, que foi adaptada. Por exemplo, laboratórios que tinham essa possibilidade foram transformados em salas de aula para garantir o atendimento aos estudantes. Quatro novos roteiros escolares foram abertos para o transporte dos alunos.

O turno inverso ficou inviabilizado porque locais que serviam para as atividades ou foram atingidos pela enchente, ou foram transformados em centro de distribuição de alimentos e abrigos públicos para aqueles que perderam suas casas.

A cozinha central, que fazia cerca de 16 mil refeições para os colégios, também foi impactada da enchente.

“Estamos num período de calamidade, um período que vai ser necessário adaptações”, reconhece a secretária. De acordo com ela, o município de Estrela busca alternativas para minimizar os problemas.

Uma das ideias é a construção de escolas modulares. Segundo Elisângela Mendes, espaço e recurso do governo federal já estariam disponíveis, porém, é necessário autorização para iniciar os trabalhos construtivos.

Conforme ela, essa solução é mais prática para o momento porque um prédio normal demoraria entre um ano e meio a dois anos para ficar pronto.

A secretária explica que Estrela recebeu, no começo deste ano, a notícia de quatro novas escolas custeadas pela União (três de Educação Infantil e uma de Ensino Fundamental). E agora a prefeitura está em tratativas para construções modulares, mais rápidas de fazer e que podem ser entregues em 90 a 120 dias, segundo estimativas da titular da pasta de Educação.

Ela reconhece que o problema das estruturas escolares “não se resolve de um dia para o outro”. “É preciso que as famílias tenham essa compreensão”, pede.

Permuta de profissionais

Em função da dificuldade logística, com estradas e pontes comprometidas pela violência das águas, a Prefeitura de Estrela fez um acordo com Arroio do Meio para a permuta de profissionais. Aqueles que residem em Arroio do Meio, mas trabalham em Estrela, ficam atuando neste momento na rede municipal da sua cidade. E aqueles que moram em Estrela e vão para Arroio do Meio, ficam provisoriamente na rede municipal de ensino de Estrela. É uma dinâmica emergencial, que tem funcionado, na opinião da secretária Elisângela.

Texto: Tiago Silva
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