Expovale e Construmóbil, a princípio, estão mantidas para novembro; Acil quer marcar os eventos como a retomada do Vale pós-enchente

A sede da Acil, na Rua Silva Jardim, no Centro de Lajeado, foi mais uma vez profundamente agredida pela enchente do Rio Taquari, mas a direção não cogita deixar a área no momento


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Acil após a maior enchente da história do Rio Taquari (Foto: Carolina Leipnitz)

Em princípio, a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) pretende manter a realização do evento conjunto Expovale + Construmóbil, programado para 7 a 10 e 13 e a 17 de novembro, no Parque do Imigrante, em Lajeado.

A direção da entidade empresarial ainda não debateu o tema a fundo, mas o desejo é este. Segundo o presidente da entidade, Joni Zagonel, será necessário uma ampla avaliação de cenário, “viver um dia de cada vez”.

“A expectativa, de verdade, é que possa ser um grande evento de retomada, porque é disso que a gente precisa. A gente precisa de investimento e apostar no futuro. A gente tem um povo trabalhador, que quer melhorar, que quer evoluir, e eu acho que, em conjunto, a gente consegue isso”, ressalta Zagonel.

Fernando Arenhart, diretor de integração regional, e Joni Zagone, presidente da Acil (Foto: Tiago Silva)

A sede da Acil, na Rua Silva Jardim, no Centro de Lajeado, foi mais uma vez profundamente agredida pela enchente do Rio Taquari. “A Acil, dessa vez, a cheia acabou atingindo os dois pavimentos”, conta o presidente, na comparação com setembro de 2023.

O trabalho de retirada do material perdido é bem intenso. “O acúmulo de lama é algo impressionante” nas áreas atingidas pela enchente. “Tem pontos com 20 a 30 centímetros de lama que decantou da cheia”, explica Zagonel.

Apesar disso, a direção da Acil não pretende deixar a sua sede histórica. “É preciso ser racional, em primeiro lugar. A gente tem uma estrutura lá que foi duramente atingida e carece de investimentos para recuperar a sua condição, mas essa é uma decisão que não é agora, não é no calor do momento. A gente ainda opera em contingência”, afirma o presidente.

Acil após a maior enchente da história do Rio Taquari (Foto: Carolina Leipnitz)

Recuperação

A Acil é uma entidade centenária e segundo sua direção, está preocupada com o passo seguinte à tragédia, que é a reconstrução das vidas, das casas, das empresas, dos negócios, da região. Por conta disso, foi montado um grupo de trabalho na associação para discutir medidas que possam agilizar essa recuperação.

Fernando Santos Arenhart, diretor de integração regional da Acil, diz que “tem empresários que foram atingidos pela terceira vez”. “E como você vai fazer com que essas pessoas não desistam dos seus negócios? E o que vai acontecer com a economia do Vale no futuro?”, questiona.

O Governo do RS estima pelo menos R$ 19 bilhões para recuperar a infraestrutura pública atingida pelas cheias no estado. O número dá a dimensão do que precisa ser feito, observa Arenhart. “Logística em termos de economia regional é o mais importante, transporte de bens e pessoas, manter empregos”, argumenta.

Texto: Tiago Silva
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