Falta de incentivos para a retomada do setor econômico preocupa prefeito de Muçum

Mateus Trojan relata que maior empresa do município poderá reduzir em até 40% o quadro de funcionários


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Mateus Trojan (Foto: Fernanda Kochhann / Arquivo)

Diversas equipes seguem o trabalho de limpeza e desobstrução de vias em Muçum. O prefeito, Mateus Trojan, explicou durante entrevista ao programa Panorama desta sexta-feira (24) que espera um fim de semana de tempo bom para acelerar o trabalho. Em paralelo, há a preocupação com a retomada econômica do município, pois até o momento não houve incentivos do Estado e da União para as empresas que tiveram grandes prejuízos na enchente de setembro do ano passado. Um dos exemplos é a Couros Bom Retiro, que poderá reduzir o quando de funcionários em até 40%.

Trojan relatou que a maior empresa do município chega a ter 500 colaboradores em determinados momentos do ano. A informação é que o empreendimento começou a fazer rescisões em massa e, pelo menos 100 pessoas já foram demitidas. Com a redução da produção, esse número pode chegar a 200, o que representaria uma redução de 40% no quadro de funcionários. Indiretamente, outros negócios também serão afetados. O prefeito reforçou que se não houver incentivos através de linhas de créditos e financiamentos com taxas diferenciadas, empresas de grande porte não conseguirão se recuperar.


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Já o comércio tem um ponto de interrogação sobre seu futuro. Mateus Trojan citou que muitos empresários estão procurando áreas não alagáveis, mas dependem das políticas públicas para a retomada dos negócios. O entendimento é que o incentivo deve ocorrer a fundo perdido, para que não haja um colapso da economia do município.

Com relação à infraestrutura viária em Muçum, o prefeito relatou que as chuvas que caíram nesta quinta-feira (23) prejudicaram a recuperação de estradas do interior. No entanto, se o tempo colaborar, no fim de semana a expectativa é que o restabelecimento dos acessos sejam agilizados.

Em paralelo, há o processo de desapropriação de áreas para a construção de cerca de 240 casas para os atingidos pelas enchentes. Uma delas está localizada em direção a Linha São Luís e outra junto a ERS-129, próximo ao Jardim Cidade Alta. Alguns pontos já possuem a infraestrutura mínima para implantação das residências. No entanto, outras terão que ser trabalhadas do zero, com a supressão de árvores e terraplanagem para receber os loteamentos. Mateus Trojan explicou que o processo é lento, pois depende da liberação ambiental e outros procedimentos antes do início das obras.

Texto: Gilson Lussani
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