Gabinete de Crise Climática quer maior confiabilidade no sistema de monitoramento do Rio Taquari

Secretário-executivo informou que Sistema Geológico do Brasil esteve em Estrela e expectativa é de maior segurança no serviço oferecido


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Foto: Maurício Tonetto/Secom

A maior confiabilidade no sistema de monitoramento do nível do Rio Taquari é uma das prioridades iniciais do novo secretário-executivo do Gabinete de Crise Climática do Rio Grande do Sul. O geólogo estrelense Pablo Souto Palma concedeu entrevista ao programa Panorama desta terça-feira (19) e informou que o Serviço Geológico do Brasil, que disponibiliza as medições de forma online, esteve na região recentemente para fazer estudos que possam aprimorar a estrutura atual. Ele afirmou que é necessário que a população tenha segurança nas informações e possa ter o acesso adequado em eventos climáticos mais severos.

Nas enchentes de setembro e novembro de 2023, a plataforma do CPRM, que faz o acompanhamento do nível do Rio Taquari não atualizou ou atrasou a divulgação das medições a partir de determinadas cotas. O secretário entende que os eventos foram excepcionais e o sistema não estava dimensionado para suportar os níveis atingidos. “Uma das buscas iniciais e que, eu imagino que em breve, vai estar atendida, é que esse sistema tenha uma capacidade de resposta que aquele não teve naquele momento, isso eu imagino que seja uma demanda mais simples e rápida de se resolver”, considerou Palma.

Além disso, a ideia é manter contatos com as concessionárias de energia elétrica e de telefonia e internet. A intenção é que haja garantias do fornecimento dos serviços de qualidade mesmo durante os eventos climáticos mais severos. O secretário-executivo afirmou que é fundamental que a população possa ter acesso à informação. “Passa também por uma conversa com as concessionárias desses serviços públicos, para que a gente tenha junto com eles a construção de um modelo com mais segurança para entregar as ferramentas, porque não adianta a gente ter a informação, como tivemos, e não conseguir entregar pra quem de fato necessita lá na ponta”, explicou.

Em paralelo, o governo do estado deve lançar um termo de referência até fim de abril, que vai tratar da contratação de estudos específicos pra modelagem da bacia do Vale do Taquari. Já a Defesa Civil contratou o serviço de um novo radar, que está em fase de tramitação para construção, dando mais segurança e assertividade nas previsões meteorológicas. O DNIT também está realizando estudos para a dragagem do Rio Taquari.

Com relação a um modelo que possa trazer as informações mais precisas sobre o comportamento do rio durante as enchentes, que possa prever o quanto o rio vai subir nas horas seguintes e qual a possível cota que poderá atingir, Palma não foi tão otimista. “Mas o monitoramento que a gente fala, sonoro, monitoramento de cota a cota, que se tenha uma precisão de se dizer, daqui a uma hora o rio vai levantar mais um metro, mais 10cm mais 20cm, esse passa por uma série de estudos e o serviço público ele tem alguma necessidade de alguns trâmites”, finalizou.

Texto: Gilson Lussani
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