Há uma procura muito grande por pavilhões comerciais e industriais em Lajeado depois da enchente, diz secretário

Segundo André Bücker, depois do medo e da insegurança iniciais, as pessoas e empresas têm se mantido em Lajeado. Inclusive, há uma forte procura de fora pela cidade, observa


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André Bücker, secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura de Lajeado (Foto: TIago Silva)

Passados dois meses da maior enchente da história do Rio Taquari, o momento é de retomada em Lajeado. “Mais uma retomada”, conforme destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, André Bücker, em entrevista à Rádio Independente nesta segunda-feira (1º).

De acordo com ele, depois do medo e da insegurança iniciais, agora já é perceptível uma melhora no ambiente. Muitas empresas, que logo após o evento traumático chegaram a pensar em sair da cidade, reviram suas posições em função do mercado, da localização e do público.

“Existe uma movimentação natural, especialmente na parte mais baixa, de uma busca por novos pontos”, principalmente entre aqueles que foram vítimas recorrentes das águas. Porém, as pessoas e empresas estão se mantendo em Lajeado, via de regra, observa o secretário.

Bücker pontua que “há uma procura muito grande de negócios vindo de fora ou de pessoas que estavam em locais alagadiços procurando lugares mais altos”. Lajeado “tem uma procura muito forte por pavilhões comerciais e industriais, tanto que a gente verifica, na secretaria, empreendedores querendo agilizar o seu projeto para poder dar andamento”, destaca.

“A gente não tem como dizer que não tem pessoas que não vão sair. Mas se a gente olhar em toda a região, boa parte das cidades foram atingidas, e Lajeado sempre foi a cidade que tem o comércio mais forte em toda a região do Vale do Taquari. Então, se tu tem dificuldades em Lajeado, tu vai ter em Estrela, vai ter em Arroio do Meio, em Cruzeiro do Sul, em Encantado”, pondera.

“A gente, conversando com empresas imobiliárias, elas dizem que talvez, para elas, nesse sentido, foi um dos melhores meses na questão de negócios porque Lajeado acaba sendo uma referência para outras cidades. Tu vai em outras cidades e não tem uma demanda de imóveis para entregar, de construções sendo feitas que possibilitem que as pessoas fujam de locais alagados”, analisa.

Negócios atingidos

Um levantamento aponta que pelo menos 2,4 mil negócios teriam sido atingidos pela enchente do começo de maio em Lajeado, quando o Rio Taquari chegou a 33,66 metros, mais de 20 metros acima da sua cota normal no Porto de Estrela.

Lajeado, que tem aproximadamente 16 mil CNPJs, teve 16% da sua área física impactada pela maior cheia da história do Rio Grande do Sul.

Texto: Tiago Silva
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