Hospital de Campanha e projeto de contenção de encostas são algumas das medidas anunciadas por Lula para auxiliar o RS

Medidas foram destacadas durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira


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(Foto: Divulgação)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (2), para avaliar os danos causados pela enchente no Estado. Nesta tarde, Lula e sua equipe concederam uma coletiva de imprensa onde falou sobre a Operação Taquari 2.

Conforme o general Hertz, no boletim das 6h da manhã, havia 132 municípios atingidos, 13 óbitos, 21 desaparecidos, 3.088 pessoas em abrigos, 5.321 desalojados, 44.640 pessoas afetadas e 141 trechos de rodovias federais e estaduais com algum dano. Conforme Hertz, os números já são alarmantes, mas como o nível do rio deve seguir aumentando nos próximos dias, os números devem ser maiores.

O Governo Federal citou que tem militares em Muçum, Encantado e Lajeado. Além disso, a Marinha está dando apoio em Forquetinha. O presidente Lula observou que este é o segundo evento climático extremo em um ano no Rio Grande do Sul, por isso externou a sua solidariedade. “Nossa solidariedade ao povo, aos familiares das pessoas que morreram e aos desaparecidos”, destaca.

Lula anunciou que terá um Comando do Governo Federal junto ao Governo do Estado. “O Governo estará 100% à disposição do povo do Rio Grande do Sul. No primeiro momento vamos salvar vidas, no segundo momento vamos avaliar os danos e ver como encontrar dinheiro para reparar estes danos”, ressalta o presidente.

O ministro da Integração, Valdes Góes, ressaltou que o Governo do Estado já decretou Emergência e isso poderá ser realizado todos os dias, adicionando novos municípios.

Deslizamentos e estradas

O Ministro dos Transportes, Renan Filho, relatou que são 38 pontos de interrupção em rodovias federais, mas ainda pode ter mais, porque o evento não terminou. Apresentam problemas as BRs, 116, 153 e 158, que são as que mais tem pontos de interrupção. As BRs 287, 290, 386 e 392 também possuem problemas.

Como plano de trabalho, o ministro destacou que são muitas áreas com deslizamento de terra. Assim que finalizar as chuvas, em 48 horas devem remover a terra e liberar o fluxo se a estrutura não estiver abalada. Quanto aos bueiros será necessário esperar de 7 a 15 dias para restabelecer o curso. Sobre os deslizamentos de pistas será necessário aguardar o final do evento, fazer levantamento, para em 30 dias iniciar as obras.

Conforme o general Tomas, que representou o Ministro da Defesa, quanto aos meios aéreos serão oito aeronaves até domingo para auxiliar nas buscas e salvamento, podendo aumentar para 16. Na parte da infraestrutura, as tropas de Engenharia do Paraná e de Santa Catarina estão se deslocando para auxiliar. Quanto ao comando e controle está sendo deslocado hospital de campanha e junto com ele todos os meios de telefone.

Na próxima quarta será anunciada a primeira seleção do Ministério das Cidades, onde serão apresentados quatro projetos de R$ 55 milhões na contenção de encostas. Na próxima fase serão contempladas as obras de drenagem.

Prioridade é salvar vidas

O governador Eduardo Leite relatou que o estado ainda vai contabilizar muitas mortes. 204 municípios estão com risco hidrológico; os rios estão sendo muito afetados pelo volume de chuvas; tem deslizamentos de terra e as pessoas precisam se colocar em segurança. “Nesse momento o foco é no resgate das pessoas. Temos que salvar vidas. A chuva é torrencial, não dá trégua e isso dificulta o voo da aeronaves e dificulta os resgates”, desabafa.

Texto: Elisangela Favaretto
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