Implantação de agrovila é uma das alternativas para manter produtores rurais na atividade em Cruzeiro do Sul

Mais de 50 famílias de agricultores receberiam moradias em área livre de enchentes


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Marcos Hinrichsen (Foto: Gilson Lussani)

O coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Vale do Taquari, Marcos Hinrichsen, fez um apanhado dos impactos das enchentes nas propriedades rurais da região. Além das inundações, muitos agricultores sofrem em área com risco de deslizamentos. Cada município do Vale do Taquari possui uma realidade peculiar, mas o objetivo é fazer os encaminhamentos para manter os produtores trabalhando no campo. Um dos exemplos ocorre em Cruzeiro do Sul, onde há um projeto de implementação de uma agrovila, onde seriam construídas moradias subsidiadas para os agricultores.

Na região, pelo menos 120 projetos de habitações rurais foram elaborados depois das enchentes do ano passado. No entanto, as propostas não saíram do papel. Para agilizar o processo depois das cheias deste mês de maio, a própria Caixa Econômica Federal desburocratizou os procedimentos.

Em Cruzeiro do Sul, não há como construir as casas nas propriedades atuais. Desta forma, em parceria com a Emater e a Secretaria da Agricultura, está sendo buscada uma área de terra para fazer uma agrovila. Será em um local alto, onde o produtor teria sua moradia e pudesse trabalhar na terra nas proximidades, até mesmo em suas propriedades. A ideia é que seja uma área de 3 hectares, que pode-se fazer a escritura de um terreno medindo 15mx15m e seja construída uma casa de R$ 75 mil, totalmente subsidiada. Moradores das regiões atingidas seriam beneficiados, como Maravalha, São Miguel, Santarém, Desterro, Bom Fim e Linha Sítio.

Também estuda-se a possibilidade do Estado entrar com mais R$ 30 mil. Das enchentes do ano passado, eram 24 projetos elaborados em Cruzeiro do Sul, mas com a nova cheia o número deve pelo menos dobrar. O objetivo é que na próxima semana sejam juntados os documentos dos produtores e que o local seja definido na sequência. Desta forma, as casas começariam a serem construídas ainda no mês de junho.

Texto: Gilson Lussani
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