A interrupção da gravidez é uma perda muito séria e demanda, sim, um período de dor e de sofrimento.
O aborto espontâneo é o fim acidental de uma gravidez em gestação. Suas causas são diversas, podendo ser orgânicas ou até emocionais. Mas, independentemente da causa, a vivência do aborto em si traz sofrimento intenso para a mãe (e pai). Depois de vivenciar isso, muitas mulheres sentem dificuldade de seguir em frente e planejar outra gravidez.

Apesar de o assunto ser um tabu e pouco se falar sobre isso, o aborto espontâneo é uma intercorrência comum, que atinge de 10% a 25% das mulheres em gestação. O luto vivenciado em caso de aborto é um dos mais difíceis de serem elaborados.

O luto tem a função de definir a perda como algo real, que não poderá ser recuperado. É importante que o enlutado compreenda isso para lidar com o sofrimento. No caso do aborto espontâneo, o afastamento do concreto e da realidade dificultam essa compreensão.

Por não conseguir elaborar esse luto, é comum que mulheres que sofreram aborto não consigam pensar em novos filhos, planejar, engravidar ou sequer investir seu amor no pensamento de ter uma nova criança. Mesmo em casos onde o casal desejava intensamente ter um filho.

É necessário prestar apoio à mulher que passou pelo aborto espontâneo. Se ela não se sente apoiada, nesse momento de fragilidade, ela pode vivenciar um desamparo extremo e se colocar em perigo.

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