Índia avança em polêmica lei de cidadania e protestos explodem pelo país

Projeto concederá cidadania a hindus, sikhs, jainistas, budistas, parses e cristãos perseguidos no Afeganistão, Bangladesh e Paquistão, mas excluirá muçulmanos


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Foto: Wikimedia

O Ministério do Interior da Índia anunciou nesta segunda-feira, 11, medidas que visam a implementação de uma controversa lei, em trâmite desde 2019, que concede cidadania a hindus, sikhs, jainistas, budistas, parses e cristãos perseguidos no Afeganistão, Bangladesh e Paquistão, mas exclui muçulmanos do benefício. O avanço da polêmica legislação ocorre pouco antes das eleições indianas, previstas para abril e maio, e indicam o desejo do primeiro-ministro do país, Narendra Modi, de conquistar refugiados hindus em distritos significativos para as votações deste ano.

O governo justificou as novas regras como uma resposta humanitária à situação das minorias no Paquistão, Bangladesh e Afeganistão, os três grandes vizinhos de maioria muçulmana da Índia.

Na prática, a ausência de registro de cidadania permitiria de que moradores fossem expulsos da Índia, sem levar em consideração a existência de gerações anteriores já moravam no país. Em contrapartida, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos teceu críticas contra a aplicação da lei, definida como “fundamentalmente discriminatória”.

Fonte: Veja

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