Indígenas tentam entrar no Congresso do Equador após 11 dias de protestos

Três mortes foram registradas durante as manifestações


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Forças equatorianas em Quito (Foto: Martin Bernetti / AFP)

Indígenas enfrentaram a polícia do Equador na quinta-feira (24) e tentaram entrar no Congresso, no centro de Quito, após uma tentativa do governo de abrir caminho para o diálogo e encerrar uma onda de manifestações que completou 11 dias e deixou quatro mortos. Três pessoas faleceram durante o dia de protestos, que também aconteceram em outros pontos da cidade, de acordo com a Aliança de Organizações pelos Direitos Humanos, que registra outras três vítimas fatais entre segunda-feira e quarta-feira.

Os manifestantes, que protestam contra o custo de vida, voltaram a avançar na capital equatoriana. À frente, marcharam mulheres com os braços entrelaçados. Atrás, milhares de indígenas tentavam quebrar a barreira de policiais que guardavam a Assembleia Nacional.Os policiais reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral, enquanto os manifestantes responderam com coquetéis molotov, fogos de artifício e pedras.

Os confrontos, que se estenderam a um parque vizinho, deixaram um manifestante de 39 anos morto por arma de fogo. Um jovem faleceu na mesma área e em Caspigasí, nos arredores de Quito, uma pessoa morreu em confrontos com militares, informou a Aliança de Organizações pelos Direitos Humano.

As Forças Armadas anunciaram que militares que protegiam um comboio com alimentos foram “atacados por um grupo violento” em Caspigasí e 17 soldados ficaram gravemente feridos. Pela manhã, o presidente direitista Guillermo Lasso havia feito uma primeira demonstração de vontade de dialogar: cedeu a um dos pedidos dos manifestantes e ordenou que os militares se retirassem da Casa da Cultura, um local simbólico para os indígenas, localizado no centro da capital equatoriana.

Fonte: AFP

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