Nesta semana, a cidade de Lajeado registrou o primeiro caso de dengue em 2024, trazendo à tona preocupações sobre a possível intensificação de surtos dessa doença. O médico pneumologista Claudio Klein, expressou sua preocupação com a situação, destacando a importância de medidas preventivas.
Os surtos de dengue têm sido cíclicos, geralmente ocorrendo a cada três ou quatro anos. No Brasil, quatro sorotipos da doença foram identificados, enquanto um quinto foi registrado exclusivamente na Malásia. O surto anterior em Lajeado, ocorrido há dois anos, foi caracterizado pelo sorotipo 1, levantando a possibilidade de que o próximo surto possa ser do tipo 2.
Em 2024 foi aprovada a a aplicação da vacina contra a dengue no Brasil. O imunizante, que contém o vírus atenuado, é baseada no tipo 2, incorporando partes dos vírus 1, 3 e 4. Entretanto, Lajeado ainda não possui um cronograma para a vacinação contra a dengue, uma vez que municípios com maior incidência foram priorizados pelo governo federal. Ainda existem incertezas quanto à necessidade de doses adicionais da vacina e à sua durabilidade.
A dengue hemorrágica, uma forma mais grave da doença, representa dois em cada 100 casos e pode levar à morte. Klein alerta para que a população esteja atenta aos sintomas, que incluem febre alta, dor atrás dos olhos, indisposição e mal-estar. Importante ressaltar que tosse, corrimento nasal ou dor de garganta não são sintomas comuns da dengue.
Diante desse cenário, Klein ressalta que é fundamental que a população de Lajeado adote medidas preventivas, uma vez que essa continua sendo a melhor estratégia contra a propagação da dengue. FK