No final da semana passada, o município de Progresso concluiu o laudo de perdas causadas pela enxurrada do dia 30 de abril, que causou danos e destruição em estradas vicinais, pontilhões e bueiros, afetando a infraestrutura pública viária do interior. Em alguns pontos, o trânsito foi totalmente interrompido e em outros parcialmente.
Nos locais principais, a Secretaria de Obras, Viação, Serviços Públicos e Trânsito tomou medidas paliativas para restabelecer o tráfego de veículos. Assim, o município está captando recursos de outras esferas de governo, para possibilitar investimentos de aproximadamente R$ 237 mil no restabelecimento de vias. Porém, em determinados pontos, os danos irreversíveis causados pelas intempéries tornaram inviável a reestruturação das pontes.
Assim sendo, o município viu-se obrigado a trabalhar com a possibilidade de reconstrução das obras de arte, porém mais adequadas aos cursos d’água onde as mesmas estão instaladas, para que apresentem capacidade de vazão que não venha a cada enxurrada exigir a reconstrução de suas cabeceiras e parte estrutural. Assim, serão necessários cerca de R$ 2,7 milhões para a reconstrução das demais pontes e pontilhões, cuja solicitação foi encaminhada ao Ministério da Integração. No total, são quase R$ 3 milhões, sem contar o serviço já realizado com maquinário próprio e terceirizado para deixar as estradas em condições de trafegabilidade.
Na agricultura, no que se refere ao cultivo de grãos, fumo e hortaliças, o prejuízo estimado pela Emater é de mais de R$ 2,5 milhões enquanto na pecuária, levando em consideração a perda de pastagens, produção de leite e perda de animais levados pela enxurrada, a estimativa é de quase R$ 9,5 milhões. Somando infraestrutura e setor primário, o prejuízo fica em torno de R$ 15 milhões.
O prefeito Paulo Gilberto Schmitt lamentou as perdas, salientando que a administração municipal fez todo o possível para amenizar os danos a população e salientou que já foram enviados todos os projetos, solicitando a liberação de recursos, tanto estaduais como federais, para a reconstrução das pontes e pontilhões. Porém, aquilo que o produtor perdeu, é praticamente irreparável, concluiu o prefeito.
