Líder de grupo criminoso do RS é preso no interior do Estado de Goiás

O foragido estava morando em uma casa de alto padrão e investindo em comércio da região


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Foto: Polícia Civil/Divulgação

Na tarde desta terça-feira (4) a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da Delegacia de Polícia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Decap/Deic), capturou um foragido de 39 anos de idade, no interior do Estado de Goiás.

Segundo o delegado Gabriel Casanova, trata-se da prisão do líder de uma das maiores e mais violentas organizações criminosas do Estado do Rio Grande do Sul. O indivíduo estava se passando por empresário.

Ele passou a adotar um nome falso e a residir na cidade de Catalão, no interior de Goiás, onde se apresentava como empresário. No local, o indivíduo investiu em uma lavagem automotiva e em uma mecânica, também adquirindo imóveis. Ele então passou a se relacionar com pessoas da comunidade, frequentando festas e eventos, algumas dessas, inclusive, com publicações em redes sociais. O foragido estava morando em uma casa de alto padrão e investindo em comércio da região.

O preso é um dos principais líderes da organização criminosa oriunda do bairro Bom Jesus, na zona leste da Capital, exercendo liderança no grupo criminoso há anos, atuando na gerência e também nas finanças. O indivíduo cresceu na vila Bom Jesus e sua vida criminosa iniciou ainda quando era adolescente, quando praticava roubos. Já na fase adulta, ele passou a ser investigado e processado por diversos crimes graves, tais como homicídio, roubos, associação criminosa, receptação, dentre outros.

No ano de 2012 o sujeito foi surpreendido pela Polícia Civil em um sítio no interior de Taquara, local onde foram encontradas diversas armas de fogo e que era utilizado para treinamento de integrantes do grupo criminoso. Posteriormente, foi novamente preso em 2014. No ano de 2017, foi condenado a mais de 20 anos de prisão por um dos homicídios que fora investigado.

Em março de 2020, na Operação Império da Lei, o indivíduo foi transferido para o Sistema Prisional Federal, retornando ao Estado em julho do mesmo ano. Posteriormente, em novembro de 2021, ele foi beneficiado pela prisão domiciliar humanitária, com monitoramento eletrônico. Em maio de 2022, houve o rompimento do dispositivo eletrônico. Por fim, em abril de 2024, foi expedido mandado de prisão determinando o seu recolhimento ao regime fechado, para cumprimento das penas que havia sido condenado, restando uma pena atual de quase 9 anos a cumprir.

Com a captura do foragido, o próximo passo da investigação será apurar se o indivíduo estava na referida localidade para fins criminais, tais como expandir a atuação da organização criminosa ou lavar dinheiro oriundo do crime, ou se estava tão somente buscando se ocultar das autoridades gaúchas. PC/MS

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