Massa falida da Monibel procura ex-funcionários para organizar pagamentos de créditos trabalhistas

Cerca de 20 pessoas entre mais de 100 beneficiários ainda não foram localizadas; depósitos ainda dependem de autorização judicial


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O escritório Weisheimer e Piccinini Advogados, administrador judicial da massa falida da Monibel Indústria e Comércio de Alimentos Ltda — então situada no Alto do Parque em Lajeado —, está se organizando para processar os pagamentos dos credores trabalhistas da empresa, que teve a sua falência decretada em 2 de outubro de 2008, após entrar em recuperação judicial em junho de 2006.

São 110 ex-empregados que têm o direito, mais entre 10 e 15 outras pessoas que também contam com créditos trabalhistas da Monibel. Desse total, 20 ainda não foram localizados para que possam ganhar os valores que têm direito.

Conforme o advogado Evandro Weisheimer, o escritório está preparando todos os detalhes para que possam depositar na conta dos beneficiários. Os créditos trabalhistas somam pouco mais de R$ 5 milhões, atualizados e corridos pela inflação desde a data da falência — naquela época, era cerca de R$ 1,2 milhão.

“Se alguém conhecer essas pessoas, por favor, peça para fazer contato com o pessoal no escritório”, diz ele, que disponibiliza os contatos telefônicos (51) 3707-0644 ou (51) 9 9 9516-4540.

“Estamos trabalhando para que seja o quanto antes”, diz o advogado, em relação à autorização para fazer os pagamentos, “mas a gente ainda não tem expectativa”. “Depende de uma autorização judicial que vai liberar esse pagamento diretamente a esses credores trabalhistas”, pontua.

Segundo Evandro, após o ok do Judiciário, dentro de um mês os créditos devem cair na conta. Os beneficiários não precisam pagar qualquer tipo de taxa. Também não é necessário localizar todos para que aqueles já identificados possam ganhar. Porém, há essa preocupação de alcançar todos.

Relembre

Localizada às margens da BR-386, em Lajeado, a Monibel Indústria foi fundada em 1977 e produzia balas, pirulitos, pastilhas, caramelos e chicletes. Em 2008, teve a falência decretada em função dos problemas financeiros. Na época, mais de 100 colaboradores ficaram desempregadas.

O passivo, até a data de sua falência, representava R$ 14,530 milhões. Em agosto de 2015, em um leilão, foi vendido imóvel e maquinário, aos valores de R$ 3,9 milhões e R$ 600 mil, respectivamente. Esse montante, porém, não foi o suficiente para pagar os ex-funcionários.

Texto: Tiago Silva
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