Tornar-se mãe é uma experiência única e desafiadora, repleta de aprendizados e adaptações. Para auxiliar as mães de primeira viagem nessa jornada inicial, o programa Papos de Mulher recebeu a médica pediatra Vanessa Dresch, que compartilhou orientações para garantir o bem-estar e a saúde dos recém-nascidos.
Com mais de duas décadas de atuação em seu consultório, Vanessa destaca a importância de dedicar tempo integral ao bebê nos primeiros meses, especialmente no que diz respeito à atenção constante. “Até o terceiro mês a criança precisa ser viajada”, afirma. Uma sugestão prática é estabelecer um esquema de plantão entre pai e mãe, revezando horários para proporcionar uma assistência contínua.
A médica enfatiza que, nos primeiros três meses, a criança necessita de cuidados específicos, como a espera de 15 a 20 minutos após a amamentação antes de colocá-la para dormir. Recomenda-se evitar o compartilhamento da cama com a criança. Vanessa aconselha que, à medida que os pais se sentem seguros e a criança desenvolve seu sistema nervoso, considerem a transferência para outro quarto, com os pais prontos para atender caso ocorra algum desconforto.
A especialista aborda questões respiratórias, esclarecendo que, até o terceiro mês, a criança respira exclusivamente pelo nariz, o que pode resultar em certa incoordenação na respiração e deglutição. A profissional recomenda a lavagem nasal, indicando o uso de spray nasal antes de dormir e ao acordar para aliviar possíveis desconfortos respiratórios.
Sobre febre, a médica alerta para febres acima de 37,38°C, destacando que os pais devem estar atentos a qualquer sinal de desconforto da criança. Explica que febre é uma resposta do organismo a antígenos, como vírus, e orienta a não medicar sem necessidade, sugerindo procurar atendimento se a febre persistir por mais de dois dias.
Na introdução alimentar, a pediatra enfatiza a importância de uma alimentação saudável, sem açúcar nos primeiros dois anos, e aconselha começar com frutas. Destaca a necessidade de observar o desenvolvimento neurológico da criança antes de iniciar a introdução alimentar, respeitando o momento certo para cada pequeno. “Existe uma ansiedade para começar e às vezes a criança não está pronta”, afirma.
