O Sebrae RS realiza um levantamento para traçar um panorama das empresas gaúchas atingidas pela enchente. A pesquisa conta com mais de 2.500 respostas, incluindo empresários e produtores rurais. Cerca de 50% deles retomaram as atividades. Em paralelo, a serviço ainda oferece o suporte para que os empreendedores decidam pela melhor forma de recomeçar, de acordo com o porte do seu negócio.
A gerente do Sebrae Lajeado, Liane Klein, concedeu entrevista ao programa Panorama desta quarta-feira (29) e relatou que o levantamento realizado em parceria com a Câmara de Indústria e Comércio e o Governo do Estado conta com 2.556 respostas de empresários de todos os portes, inclusive produtores rurais. Quase 50% estão com seus negócios reabertos, mesmo que de forma parcial. “A gente está vendo já esse movimento de retomada, de procurar outro endereço, de restabelecer suas atividades”, considerou Liane Klein.
A maioria dos empreendedores perdeu até R$ 50 mil. Em contrapartida, 394 empresas tiveram prejuízos superiores a R$ 500 mil. Com o retrato do cenário pós-enchente, o Sebrae traça estratégias para auxiliar cerca de 11.500 as empresas, através do programa Sebratec Supera. Destas, duas mil empresas do Vale do Taquari, onde o consultor vai até o empreendimento para contabilizar prejuízos na estrutura física e as perdas com equipamentos. O proprietário faz as reformas ou adquire o material necessário e o valor é ressarcido pelo Sebrae. São disponibilizados até R$ 3 mil para MEIs, até R$ 10 mil para micro e até R$ 15 mil para empresas de pequeno porte.
Também é repassada toda a orientação quanto ao acesso à crédito com linhas diferenciadas e qual o investimento indicado. Essa é a maior demanda dos empreendedores neste primeiro momento. Também há a assessoria sobre postergação de impostos, renegociação de créditos e postergação de dívidas. As empresas interessadas podem se inscrever no site do Sebrae.
Mudança de endereço em Lajeado
Em Lajeado, o Sebrae estará em novo endereço nas próximas semanas. O antigo prédio foi atingido por três enchentes nos últimos meses, gerando prejuízos à unidade. O objetivo é permanecer no centro da cidade, em um local na Rua Júlio de Castilhos, a ser divulgado em breve.
Texto: Gilson Lussani
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