Com o avanço nas obras de duplicação da BR-386 em Lajeado, a CCR ViaSul bloqueou o tráfego em dois acessos na região do Bairro Centenário, o que tem prejudicado o deslocamento de moradores.
Segundo Raquel da Rosa, presidente da Associação dos Moradores do Bairro Centenário, o bloqueio dos acessos afeta cerca de 10 mil pessoas que residem nos bairros Centenário, Planalto, Igrejinha, Imigrante e Olarias. “A distância é de 6 a 7km a mais para entrar no bairro, ida e volta. A gente ficou prejudicado, bem mais do que estava no contexto do dia a dia”, afirma. Além do aumento no trajeto percorrido, a segurança dos moradores é afetada por conta do movimento intenso do transporte escolar e de veículos de empresas.
Até o momento, a associação não conseguiu contatar a concessionária. Por isso, a próxima iniciativa será a entrega de um requerimento na Câmara de Vereadores, na sessão desta terça-feira (9), que solicita a intervenção do Ministério Público Federal. O ofício contou com o apoio dos vereadores Jones Barbosa da Silva, Waldir Blau e Carlos Eduardo Ranzi.
Ainda segundo Raquel, entre as opções para solucionar o problema estão a reabertura do acesso pela empresa Moamar, no Bairro Olarias; a liberação da entrada para o Bairro Centenário atrás da empresa Bergabus; ou a construção de uma trincheira, que funcionaria como viaduto. “Eu acredito que em questão de investimento a gente conseguiria, sim, só basta querer”, afirma.
Moradores também solicitam a construção de um novo posto de saúde
Outra dificuldade enfrentada pela comunidade é em relação ao posto de saúde, situado no Bairro Olarias. A unidade atende cerca de 10 mil moradores também dos bairros Centenário, Planalto, Igrejinha, Imigrante e Olarias, mas a população tem problemas em se deslocar até o local e conseguir agendar consultas em prazos adequados.
Enquanto representante da associação de moradores, Raquel protocolou o pedido de construção de um novo posto de saúde, mas ainda não teve retorno da Prefeitura de Lajeado. “Pelo que o prefeito me passou isso vai ficar no papel, mas eu protocolei porque é uma briga que a gente não vai desistir”. De acordo com ela, a unidade poderia ser alocada no Centenário ou no Imigrante, o que dividiria melhor os atendimentos.
Texto: Eduarda Lima
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