“Não é esperado que ela iguale aquele evento de setembro”, afirma hidrólogo da Defesa Civil do RS sobre nova enchente no Vale

Pedro Camargo falou sobre o cenário atual e fez comparações com o episódio de setembro do ano passado


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Foto: Carolina Leipnitz

Na tarde desta terça-feira (30), no programa Redação no Ar, houve a entrevista com o hidrólogo da Sala de Situação da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, Pedro Camargo. Ele destacou o cenário atual e afirmou que esta enchente não deve chegar ao patamar do evento de setembro.

“Não é esperado que ela iguale aquele evento de setembro, tanto pelo formato do evento, que foi mais comparado a enxurrada do que uma cheia gradual, tanto aos níveis. A tendência é que em característica, seja mais próxima do evento de novembro, que teve uma elevação mais gradual dos rios e uma destruição por força da água dos rios um pouco menor”, explica.

Camargo ainda relata que “no evento de setembro tivemos chuvas bem localizadas e muito volumosas no norte da Bacia Taquari-Antas, pegando as cabeceiras de todos os rios que desaguam na Bacia; isso gerou uma cheia bem forte, com comportamento de enxurrada e que gerou toda aquela destruição. Esse evento tem chuvas volumosas também, mas são mais localizadas para a metade Sul da Bacia, a parte mais dos Vales”, relata.

Quanto ao cenário atual, Camargo explica que Estrela entrou em cota de inundação antes do que Encantado e demais pontos da bacia, porque a chuva foi mais localizada numa parte do Centro do Estado. “Acabou tendo bastante influência do Rio Forqueta em Estrela, por isso que a cota de inundação foi atingida bem antes do que nos outros pontos da Bacia, porém como a chuva não deu trégua, a gente teve volumes bem elevados ontem e hoje, desde Encantado estamos com cota de inundação”, declara.

O hidrólogo ainda reforça que a chuva foi bem elevada no Estado e a previsão indica continuidade destas precipitações.

Texto: Elisangela Favaretto
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1 comentário

  1. Errou feio o hidrologo. Em questões climáticas, estamos a mercê dos arrefecimento dos elementos. Se fosse mais prudente, sua declaração poderia servir de alerta aos cidadãos. Olá!
    Considerando as centenas de milhares de desabrigados no RS, e a escassez de espaço para novas urbanizações, penso que urge implantações de condomínios verticais. Estão adotando a construção extensiva que não se adequa à nova realidade brasileira.. As varzeas devem estar reservadas para agricultura e a retomada natural dos leitos dps rios. Penso que isso seja uma questao vital. Fraterno abraço.

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