“Não vai ser rápido o restabelecimento”, diz vice-governador sobre as pontes que foram levadas pela enchente

Souza citou que o Exército Brasileiro tem condições de colocar duas pontes de material de engenharia provisórias, que são pontes fundamentais para restabelecer as ligações rodoviárias, mas elas tem um limite de vão de até 50 metros. No momento serão usadas aeronaves para abastecer os municípios


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(Imagem: Reprodução)

Na tarde deste sábado (4), o vice-governador Gabriel Souza se reuniu com as forças de segurança e equipes do Governo do Rio Grande do Sul para alinhar as ações de suporte humanitário e resgate no Vale do Taquari. O encontro ocorreu na sede do Corpo de Bombeiros, em Lajeado, e foi seguido de uma coletiva de imprensa.

Ao ser questionado sobre a reconstrução das pontes, Souza já adiantou que o processo não será rápido. “Muitas cidades estão ilhadas e não vai ser rápido o restabelecimento. O Exército Brasileiro tem condições de colocar duas pontes de material de engenharia provisórias, que são pontes fundamentais para restabelecer as ligações rodoviárias, mas tem um limite de vão de até 50 metros e nós temos vãos maiores, superiores, nessas rodovias mais robustas, como por exemplo, a 287, na altura de Santa Maria, então precisamos muito restabelecer estas conexões”, destaca.

Conforme o vice-governador, o Exército, o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) trabalham em conjunto, mas as obras são complexas. “Eu tenho que dizer, com muita sinceridade, que nós não teremos tanta brevidade na solução, em muitos casos são pontes complexas, com obras de engenharia complexas e estas pontes não são de solução rápida. Nós precisamos garantir o suporte à vida destas pessoas que estão isoladas, de maneira que não vamos esperar as pontes ficarem prontas”, relata.

Como solução imediata, o vice-governador destacou o início da segunda etapa da Operação de Gerenciamento de Crise, chamada Suporte Humanitário, onde as cidades e comunidades isoladas serão abastecidas com alimentos, água potável e, eventualmente, medicamentos. Além disso, poderá ocorrer algum transporte aeromédico de pacientes que necessitam de  atendimento imediato. “Estamos começando essa segunda fase da Operação de gerenciamento, que é de sustentação humanitária a estas comunidades isoladas, mesmo que seja via aérea e mesmo que seja utilizando aeronaves privadas; nós teremos que usar aeronaves privadas para não retirar aeronaves de salvamento das suas missões de salvar a vida das pessoas que estão precisando de resgate”, aponta.

Para agilizar as atividades serão criadas três bases regionais de logística para recebimento de doações e bases aéreas em Lajeado, Santa Cruz do Sul e Santa Maria, que terão operações aéreas de transporte de insumo que são essenciais para as comunidades isoladas.

Texto: Elisangela Favaretto
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