Nesta sexta-feira (26), é celebrado o Dia do Goleiro. Para marcar a data, o programa Panorama recebeu Ewerton Machado Jaenisch, que atuou na posição em grandes equipes do Brasil e fez história em Portugal.
Ewerton sempre teve o sonho de ser goleiro. Porém, durante sua infância não existia escolinhas de futebol. A categoria de base era dividida entre infantil, infanto-juvenil e juvenil.
Entre os 14 e os 18 anos realizou testes em equipes da capital. Sua preferência era pelo Grêmio, por ser o time do seu coração, mas tentou também no Internacional, São José, Cruzeiro, Novo Hamburgo e em São Leopoldo, mas sem êxito.
Quando estava prestes a sair do quartel, em 1978, teve a oportunidade de fazer um teste no Estrela FC, que na época estava na primeira divisão do futebol gaúcho. Ewerton foi aprovado em um teste coletivo, onde o seu time perdeu de 12 a zero e mesmo assim ele foi contratado.
No clube estrelense, o goleiro ficou por um ano e meio, onde jogou um campeonato gaúcho e ficou em quarto lugar. Em 1979, foi vendido para a Portuguesa, onde ficou até 1987, quando foi emprestado para o Noroeste de Bauru, que naquele ano ficou em terceiro lugar no campeonato paulista.
De São Paulo, Ewerton foi para o Marítimo de Portugal. Na época, um dirigente e o treinador do time português chegaram a capital paulista sem rumo certo. No trajeto, os carregadores de mala do aeroporto indicaram um jogo do Corinthians contra o Noroeste. Foi assim que conheceram o trabalho do Ewerton. Os dirigentes assistiram mais três jogos e resolveram contratar o goleiro e mais outros dois atletas do Noroeste.
No Marítimo, Ewerton permaneceu por 12 anos, se tornou ídolo, jogou a Liga dos Campeões e, entre 1996 e 1999, trabalhou na comissão técnica.
Como melhor defesa, Ewerton destacou que em uma final da Taça de Portugal contra o Sporting, ele fez uma defesa semelhante a do goleiro Marcelo Grohe, na Libertadores de 2017, contra o Barcelona de Guaiaquil. “Modéstia parte, a minha defesa foi melhor”, ressaltou Ewerton.
Atualmente, o goleiro reside em Lajeado, ainda atua em clubes de mini futebol e planeja voltar a morar em Portugal. Ele mantém contato com amigos e possui um grupo de WhatsApp com os companheiros de time do Marítimo.
Texto: Fernanda Kochhann
[email protected]
