Normalização do abastecimento de água depende do conserto de vazamentos ocultos e do consumo consciente

Segundo superintendente regional da Corsan, Lutero Cassol, o uso desnecessário aliado aos pontos danificados dificulta o retorno total do sistema


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Foto: Carolina Leipnitz

Na maioria dos municípios do Vale do Taquari, o abastecimento de água ainda não foi normalizado. O superintendente regional da Corsan, Lutero Cassol, voltou a conversar com a Rádio Independente na noite desta terça-feira (7), para dar um panorama sobre a situação do serviço nas cidades afetadas pela enchente.

De acordo com ele, apesar da distribuição já estar disponível em quase todos os municípios, a normalização do serviço depende do conserto de vazamentos ocultos e do consumo consciente por parte da população. No momento, a água deve ser utilizada para necessidades básicas, evitando a lavagem de calçadas e casas, por exemplo.

Em Lajeado, a vazão está em 370 litros por segundo, um aumento de 40% que garante a distribuição para toda a cidade conforme a rede enche. “Temos todos os recalques além da estação de tratamento funcionado, capacidade máxima de produção, tratamento e distribuição, restando agora aquele desafio de acharmos todos os vazamentos ocultos”, explica Cassol.

Os pontos em questão estão sendo pesquisados por equipes trazidas do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Campo Grande, com o objetivo de agilizar o processo.

Em Encantado, Roca Sales, Bom Retiro do Sul, Estrela, Arroio do Meio e Marques de Souza, o abastecimento segue funcionando de forma parcial. A situação permanece delicada em Cruzeiro do Sul, mas equipes atuam de duas formas: uma está focada em reconstruir a adutora que abastece a cidade através de Lajeado, e a outra iniciou a perfuração de poços.

“Estamos trabalhando com duas frentes para num segundo momento nós temos certeza do abastecimento de Cruzeiro, neste momento atendendo onde é possível e onde a água permite acesso”, relata Cassol.

O cenário também é complexo em Taquari, onde o nível do rio ainda não baixou o suficiente para que as equipes acessem a subestação de energia.

Cassol destaca ainda que parte das vazões estão sendo recuperadas de forma provisória, já que o sistema de todas as cidades foram completamente levados pela água. “Não significa quando a gente bota um posto em funcionamento, que ele está em carga na rede. Nós temos todo um processo por trás disso de qualidade da água que nós respeitamos na régua”, finaliza.

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