A experiência que o sargento Ernani Genal e cabos Rafael Santos, Samuel Sodré e Kleber Carneiro tiveram em Cruzeiro do Sul ficará em suas memórias para sempre. Os bombeiros de Florianópolis atuaram nos salvamentos na cidade durante o período mais crítico da enchente do início do mês de maio.
Segundo Genal, que há 12 anos faz parte da equipe de salvamentos, foi algo que nenhum deles havia visto ainda.
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Ao chegar no local, perceberam que a água tinha muita força. Normalmente, eles não atuam durante a noite por conta do risco. Utilizam bote inflável, do tipo usado para rafting, e muitas vezes passam muito próximo a postes de energia e telhados de casa. Mesmo assim, naquele momento decidiram atuar até as 2h30 da manhã para salvar o maior número de pessoas possível. Só retornaram porque o combustível estava acabando
No trajeto, viram muitas pessoas nos telhados, entre elas gestantes e crianças. O medo estava presente por toda a parte e muitas vezes o motor não dava conta da água, precisando retroceder para não colocar ninguém em risco. “Nós fomos guiados por Deus para chegar até Cruzeiro do Sul”, destacou o sargento.
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Entre as dificuldades passadas, lembram que também ficaram ilhados em Cruzeiro do Sul e sem comunicação com o Centro de Comando. Ao todo, foram 41h de resgates.
Por dois dias e meio retiravam pessoas e as deixavam na Olaria Hallmann. Ao todo, foram 224 pessoas salvas. “A gente escutava a Rádio Independente para saber se as coisas iam melhorar ou não, relatou Genal”.
Nesta semana, a equipe retornou à cidade para rever as pessoas, agradecer o acolhimento e entregar um enxoval para uma das gestantes que salvaram.
Texto: Fernanda Kochhann
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